Segunda-feira, dia 23 de maio, São Luís irá amanhecer sem ônibus. Os rodoviários vão entrar em greve e os ônibus não vão sair das garagens.
A greve dos coletivos urbanos está confirmada para começar a partir da próxima segunda-feira por um período indeterminado. A audiência, ocorrida na tarde desta quarta-feira (18), com o procurador do Trabalho, Roberto Peixoto, não chegou a um consenso entre os representantes do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (STTREMA) e do Sindicato das Empresas de Transporte Passageiros (SET).
A reunião ocorreu a portas fechadas, na Procuradoria Regional do Trabalho - 16º Região. Durante a audiência, representantes do SET solicitaram ao sindicato dos rodoviários que diminuísse o pedido de reajuste salarial o qual, segundo a categoria, é de 23%.
De imediato, o Sindicato dos Rodoviários não acatou a solicitação e confirmou a greve para começar a partir da próxima segunda-feira, dia 23, e sem data para terminar, pois, segundo o presidente da entida, Dorival Silva, a greve só vai acabar quando os empresários apresentarem uma proposta justa para a classe dos trabalhadores.
Dorival Silva também falou que os trabalhadores vão para as portas das garagens das empresas de ônibus, na segunda–feira, para não deixar os coletivos saírem para as ruas da cidade, o que contraria a decisão da presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Márcia Andrea Farias da Silva, que determinou a manutenção de 60% da frota em circulação, através de liminar, para evitar prejuízos à população.
Dentre as reivindicações, os rodoviários exigem redução da jornada de trabalho, aumento salarial de 23% e reajuste do tíquete-refeição para R$ 350, além da inclusão de dois dependentes nos planos de saúde. As propostas não foram aceitas pelo SET.
Em um eventual atendimento das reivindicações da categoria por parte dos empresários, o salário passaria de R$ 1.016 para R$ 1.282,96. Segundo um levantamento feito pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a proporção entre salário e carga horária semanal faz da capital maranhense a que menos paga por hora trabalhada.
Em entrevista à imprensa, Dorival Silva informou ainda que os rodoviários decidiram em assembleia que não vão tirar os ônibus das garagens para não prejudicar a população. "Nossa decisão foi de não tirar os ônibus da garagem para não deixar a população na rua", garantiu.
A aparente situação de "Pax Maranha" (termo cunhado por este mesmo que vos fala, querido leitor, em alusão à histórica expressão da "Pax Romana", referida ao tempo em que Roma ficou sem guerrear com os povos vizinhos), que se aproximava com o fim da greve dos professores, não deve mesmo se sustentar.
Lembrando que muitos professores ainda se mantêm em greve por não compactuarem com a decisão do Sinproesemma, representante sindical da categoria que pôs fim oficialmente ao movimento grevista dos educadores em todo o Maranhão, após 78 dias de paralisação.
Tudo isso leva a crer que o grau de insatisfação das classes trabalhadoras do Maranhão em relação ao Governo Roseana é altíssimo, o que não poderia ser diferente, já que o compromisso com o social está engavetado pelo governo, cuja administração é voltada prioritariamente ao atendimento dos interesses privados de grandes empresas e da classe empresarial.
Resta à população ludovicense se preparar para mais esta desventura, pois geralmente greve de rodoviários é sinônimo de aumento no preço das tarias do transporte coletivo.
E, também, a própria categoria deve ficar atenta, já que na greve dos educadores os termos de negociação da digníssima gestão estadual sempre eram entremeados com um aparato policial em estado de prontidão para entrar em ação e fazer com que as propostas fossem melhor "aceitas".
Portanto, rodoviários, cuidado com os cães adestrados, com a cavalaria e com a tropa de choque, pois são esses os instrumentos de negociação mais eficientes do Governo Roseana.
Hugo Freitas
ta faltando mais competência aos governantes. Pois só pagamos impostos + impostos. e o estado está desgovernado.
ResponderExcluirSem dúvida, companheiro.
ResponderExcluirConcordo plenamente com os seus argumentos. Cada vez mais pagamos impostos e mais impostos, e o retorno disso ninguém vê, ou quando vem é em forma de "bolsa-miséria" ou "bolsa-esmola".
Os governos não estão nem aí para o social, pois quem os sustenta, desde as campanhas financiadas à cobrança do apoio após às eleições, são os empresários e as grandes empresas deste país, de norte a sul.
Grato por sua participação. Abraços fraternos.
Hugo Freitas
isso é vergonha para o maranhão, seus gorvenantes só querem saber de roubar e nós trabalhadores ficamos n prejuizo praque tanto dinheiro será que a roseana vai levar para a cova
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