sexta-feira, 20 de maio de 2011

Estudantes protestam pela morte de aluno na USP

Alunos protestam na USP pela morte de estudante

O pai do jovem Felipe Ramos de Paiva, 24, morto na noite de ontem (18) dentro do campus da USP, disse nesta quinta-feira (19) que acredita que o rapaz tenha sido vítima de uma tentativa de assalto.

"Creio que foi realmente uma tentativa de assalto", disse Ocimar Florentino de Paiva, em entrevista ao jornal "SPTV", da TV Globo, durante o velório de Felipe no cemitério da Saudade, em Caieiras, na Grande São Paulo.

Segundo Paiva, o filho já tinha sido vítima de assalto outras duas vezes, o que o teria motivado a comprar um carro blindado. Nas duas vezes em que foi abordado por criminosos Felipe reagiu, segundo a família.

Felipe era estudante de Ciências Atuariais e foi morto com um tiro na cabeça por volta das 21h30 de quarta-feira (18). Segundo testemunhas, ele foi seguido por uma pessoa após sair da aula. Os dois discutiram.

A assessoria de imprensa da USP informou que o vigia do prédio da Faculdade de Economia e Administração (FEA) ouviu os tiros e correu para o local. A vítima foi encontrada caída ao lado de seu carro, que estava com a porta do motorista aberta. Não foi possível socorrê-lo. Segundo a polícia, nada foi levado.

Em protesto pelo crime, um grupo de estudantes realizou um ato na manhã de desta quinta-feira (19) em frente a faculdade onde Felipe estudava. Em seguida, os alunos seguiram até a reitoria da universidade e entregaram uma carta, onde pediram mais segurança.

De acordo com os estudantes, não houve aulas na faculdade. Um novo ato deve acontecer nos próximos dias.

Maira Madrid, presidente do Centro Acadêmico da FEA, disse que os estudantes continuarão 'lutando para que mude alguma coisa desta vez'.

O diretor da FEA, Reinaldo Guerreiro, disse hoje que "o grau de insegurança é bastante alto" na USP. À Folha, disse que sua faculdade já havia tomado medidas próprias de segurança, como a instalação de câmeras no interior do prédio.

Guerreiro também afirmou ser favorável ao patrulhamento de PMs no campus, e que a FEA pretende instalar catracas para restringir a entrada no prédio até o próximo semestre.

Fonte: Estadao

2 comentários:

  1. Passou-se já do tempo, em que a Policia Militar, deveria está fazendo a segurança na USP. Assim, como assim, está entidade, serve de guardiã particular para tanta gente. E não só na USP,as Escolas Publicas, hoje, precisam urgentemente da presença da Policia Militar, por que as Escolas Particulares, já possuem a sua milicia armada.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  2. Com certeza, companheiro José.

    A falta de segurança nas universidades é um problema grave a ser enfrentado, não só na USP, mas acredito que em todo o país.

    Na UFMA, por exemplo, o entra e sai livremente de estudantes e transeuntes é tão intenso que fica difícil distinguir uns dos outros.

    Esse caso ocorrido na USP é sintomático de que é necessário urgentemente se elaborar uma política de segurança nas universidades brasileiras.

    Um estudante morrer dentro de uma universidade do tamanho e do prestígio da USP, por suposta tentativa de assalto, é simplesmente inaceitável e repugnante. Algo tem que ser feito, e já!

    Infelizmente, a violência no Brasil está ceifando a vida de milhares e milhares de cidadãos todos os dias.

    Ao que parece, não há mais lugar seguro neste país, muito menos dentro das universidades.

    Grato pela participação. Abraços fraternos.

    Hugo Freitas

    ResponderExcluir

Grato pela participação.