terça-feira, 17 de maio de 2011

FIM DA GREVE DOS PROFESSORES DO MARANHÃO

Sindicato sinaliza pelo fim da greve

Após 78 dias de mobilização, protestos e enfrentamento com a polícia, a greve dos professores do Maranhão, iniciada no dia 01 de março, chega ao fim.


O anúncio oficial do fim do movimento grevista em todo o Maranhão será dado daqui a pouco pelo sindicato dos professores (Sinproesemma), por volta das 15h.

A suspensão do movimento grevista, segundo explica o presidente do Sindicato dos Professores, Júlio Pinheiro, só foi possível depois de ter sido enviado pelo Governo do Estado, novo documento que se compromete com a classe trabalhadora nos seguintes pontos: prazo de 60 dias para o envio do Projeto de Lei do Estatuto do Educador à Assembleia Legislativa, contados a partir da publicação do acórdão do STF, que julgou constitucional a Lei do piso salarial nacional do professor.

Também define o prazo até o mês de junho deste ano para fazer o pagamento dos valores descontados nos salários dos professores, “mediante compromisso da reposição integral de todas as aulas não ministradas no período da paralisação, obedecendo ao calendário escolar de 2011, que estabelece o término das aulas em 23/12/11.”

E finalmente, o cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional. Neste caso, o Governo apresenta uma proposta original de somente “colocar em prática o piso salarial da categoria determinado pelo Supremo Tribunal Federal, no prazo de até 30 dias, após o STF emitir o acórdão da sua decisão e o Ministério da Educação dar cumprimento ao disposto no art. 4º da Lei 11.738, de 16/07/2008”.

A direção do Sinproesemma adverte que irá cobrar imediatamente a construção de novo calendário escolar 2011, tendo em vista que os 77 dias de greve alteraram sensivelmente o calendário estabelecido pelo governo. "Não há como manter o término das aulas previsto, fazendo de conta que não houve greve de mais de dois meses. Temos que ajustar um novo calendário, para que não haja prejuízos aos alunos, nem sobrecarga aos trabalhadores", explicou o presidente do sindicato, Júlio Pinheiro.

Só o tempo dirá quais os reais ganhos obtidos com a greve. O resultado mais imediato e sensível, no entanto, é a demonstração de força que fica do governo Roseana, que mobilizou um especial aparato policial para lidar com os professores (como se bandidos fossem), a sobrecarga de trabalho que recairá sobre os combalidos professores, bem como o prejuízo de milhares de alunos da rede estadual de ensino, que terão de correr contra o tempo para tentar se preparar para os seletivos vindouros, como o ENEM.

Hugo Freitas





6 comentários:

  1. VITÓRIA DA IGNORANCIA

    ResponderExcluir
  2. Ontem pela manhã fotografei os inúmeros jornalistas que estiveram no acampamento. Porém, pela tarde em nosso ato nenhum jornalista estava presente...que pena! !Que pena, não registraram o início de Uma Nova Caminhada que realizaremos pela Educação.
    Nossa indignação será transformada em denúncias , formação , debate e ações. Que pena que a direção do sindicato covardemente repete sua história de traidores.Por um momento cheguei a pensar que teriam aprendido com seus atos. Citam agora o MRP, antes já houve o Mosep, agora eu que não fazia parte de nunhum grupo serei um dos INDIGNADOS, pois infelizmente o rastro que eles deixam é de sujeira. E podem crer... o grupo dos indignados é grande.!!!

    ResponderExcluir
  3. Comentário registrado, companheiro.

    Grato por sua participação. Abraços fraternos.

    Hugo Freitas

    ResponderExcluir
  4. Companheiro, obtive informações que a categoria não foi plenamente contemplada com a decisão do sindicato e que muitos permanecem de greve.

    Infelizmente, ainda não possuímos dados e maiores informações a respeito, mas estamos apurando os fatos. Fique à vontade para enviar-me quaisquer novas informações a respeito disso, pois é de nosso interesse contemplar a greve em todas as suas facetas, inclusive da suposta subserviência de dirigentes sindicais aos desmandos policialescos do desgoverno Roseana.

    Este canal é um espaço aberto. Pode colaborar conosco.

    Grato pela participação. Abraços fraternos.

    Hugo Freitas

    ResponderExcluir
  5. SOU PROFESSORA E ONDE MORO NÃO ESTÁ EM GREVE MAS, SE ENTRASSE HOJE, COM SERTEZA EU ESTAVA COLABORANDO COM TODA A CORAGEM QUE UM BOM PROFICIONAL DEVE TER, PORQUE ACREDITO QUE NÃO MEREÇO SER TRATADA DESTA FORMA E FICO MUITO TRISTE DE VER GENTE DA MESMA CATEGORIA QUE PERTENÇO,DESISTIR DESTA MANEIRA. ISSO MOSTRA O QUANTO AS PESSOAS ESTAM SEM DIGNIDADE, É LAMENTÁVEL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    ResponderExcluir
  6. Sem dúvida, lamentável, companheira!!!

    Obrigado pela participação. Abraços fraternos.

    Hugo Freitas

    ResponderExcluir

Grato pela participação.