Parece que, finalmente, a população do
Maranhão abriu os olhos para a tragédia que vem ocorrendo na cidade de Caxias. E a classe política que a representa, também, ainda que timidamente.
Depois de dois programas de veiculação nacional - o CQC da Band (CONFIRA AQUI) e o Repórter
Investigação, da Record - investigarem e denunciarem os alarmantes números
de mortalidade fetal ocorrida no ano de 2014, cerca de 200 bebês mortos, na
única maternidade de Caxias, uma voz se levantou no parlamento estadual.
Na manhã da última terça-feira
(28), o deputado Wellington do Curso (PPS) externou, durante a sessão plenária,
a sua preocupação com a falta de investigação sobre a mortandade na Maternidade
Carmosina Coutinho, a "Maternidade da Morte", como ficou nacionalmente
conhecida.
Na oportunidade, Wellington propôs que a Comissão de Saúde da Assembleia
realizasse visita “in loco” para a coleta dos dados e, assim, tome ciência dos
motivos que levaram à tragédia no município controlado pela oligarquia
Coutinho.
O parlamentar cogitou também a
possibilidade de solicitar uma CPI de fiscalização para apurar as
responsabilidades sobre as mortes dos recém-nascidos, para que casos dessa
natureza deixem de assombrar as maternidades do Maranhão.
"De forma ponderada, responsável e
profissional, se houver necessidade, solicito a possibilidade desta Casa se
pronunciar e a possibilidade de votar a instauração de uma CPI. Se for
necessário, há a possibilidade de deslocamento da competência, conforme
preceitua o art.109 (incisoXI, parágrafo 5º) da Constituição Federal que
institui que 'na hipótese de grave violação dos Direitos Humanos, o Procurador
geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil
seja parte, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal de Justiça, em qualquer
fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a
Justiça Federal. Há, ainda, a possibilidade, caso não se atenue a problemática,
de se impor denúncias junto à Comissão Internacional de Direitos Humanos. Mais
do que meros posicionamentos críticos, defende-se aqui o bem mais precioso de
todo e qualquer ser humano: a vida”, ressaltou.
Leia também:
Fique com a reportagem sobre "A Maternidade da Morte", do programa Repórter
Investigação:
Não tem nenhuma objetividade, uma Assembléia Legislativa composta de 40 eleitores privilegiados, isto é, dentre os que elegeram o Presidente da Casa, nenhum haverá de querer se comprometer a dizer o contrario ao seu chefe e mandatário. Não creio que Andreia Murad seja um exemplo de perfeição, mas, duvido que a mesma seja aceita para compor a Comissão. Veja que disparate. A Comissão de Saúde teria maior legitimidade para atuar em outras cidades, menos em Caxias porque lá tem tudo a ver com as tres últimas Administrações Municipais, as quais, têm o dedo, a mão, o braço, a cabeça, o tronco e os membros de Humberto Coutinho. Tem também o cheiro, o gosto, a visão e audição do atual governador do Maranhão. Ali se formou o seu quartel general que o levou à vitoria. No mínimo é caso Auditoria do Ministério da Saúde. A Câmara de Vereadores tem legitimidade para pedir socorro.
ResponderExcluirAs vozes dos que defendem a vida das pessoas, INCONDICIONALMENTE, devem se levantar. Não podemos mais aceitar que tragédias como essa que vem ocorrendo na cidade de Caxias sejam negligenciadas pelas autoridades por conta de troca de favores e acordos políticos.
ExcluirEste blog está à disposição da população caxiense no tocante à veiculação de novas denúncias. Não podemos permitir nem aceitar que crimes como estes fiquem impunes ou continuem a se repetir no Maranhão, contando com a "blindagem por omissão" dos nossos governantes.