Por Hugo Freitas
A Prefeitura de São Luís voltou atrás e
aceitou reduzir o preço das passagens dos ônibus que integram o sistema de
transporte coletivo em R$ 0,20 (vinte centavos).
A medida anunciada nesta sexta-feira (03) se deu após longa conversa entre o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e o governador Flávio Dino (PCdoB), que acatou a proposta apresentada pelo gestor municipal em desonerar o ICMS (de 7% para 2%) sobre o óleo
diesel para as empresas de ônibus.
O anúncio foi feito pelo próprio governador em sua conta no Twitter. Confira abaixo:
Ocorre que a desoneração do imposto sobre o principal combustível que alimenta os ônibus do sistema de transporte coletivo da capital é uma reivindicação direta dos empresários do setor como contrapartida para a redução no preço das tarifas.
Ou seja, Flávio aceitou a proposta apresentada
por Edivaldo exigida pelos empresários por meio do SET (Sindicato das Empresas de Transporte de São Luís). Com isso, a passagem mais cara baixa de
R$ 2,80 para R$ 2,60, a partir da próxima segunda-feira (06).
Em outras palavras, os únicos beneficiados em todo esse imbróglio (como sempre, em se tratando de transporte público no Maranhão) são os empresários do setor, situação que reflete o peso político e econômico que possuem no Estado, a ponto de imputarem ao prefeito a condição de "porta-voz" junto ao governador e a este o papel de "certificação estatal" no atendimento à exigência de redução na cobrança de um imposto sobre o óleo diesel, o que irá diminuir consideravelmente os custos operacionais das empresas e, consequentemente, aumentar sua margem de lucros. Fato este que não se estende para outros combustíveis, como a gasolina, por exemplo, cujo litro já chega próximo à casa dos R$ 4,00 na capital, nem para outros setores da economia estadual.
Resta saber se a Câmara de Vereadores, que não foi consultada sobre o aumento como exige a Lei, o Ministério Público do Maranhão, e, principalmente, a população de São Luís
irão aceitar tal redução, já que todos foram uníssonos em manifestações,
protestos e cobranças públicas em exigir a anulação do decreto que autorizou o
aumento das passagens, editado no último dia 27, o segundo consecutivo em menos de um ano. (CONFIRA AQUI)
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