O Partido Democrático Trabalhista parece ter mergulhado numa crise sem fim. Durante coletiva de imprensa realizada no final de fevereiro, a ex-primeira-dama do Maranhão, Clay Lago, anunciou que a atual comissão provisória estadual, nomeada pelo presidente da executiva nacional, ex-ministro Carlos Lupi, está proibida de fazer uso da imagem ou discurso do ex-governador Jackson Lago, fundador e maior liderança da legenda no Maranhão.
Clay Lago ao lado de seu falecido esposo, o ex-governador Jackson Lago
Na ocasião, Clay anunciou ainda a criação do "Comitê de Resistência Democrática" dentro do PDT-MA, grupo integrado por todos os pedetistas que não concordam com a mudança na direção partidária. De acordo com a viúva de Jackson, o objetivo do novo grupo é servir de contraponto à atual comissão provisória estadual presidida pelo ex-deputado Julião Amim.
Clay informou também que já comunicou a Julião sobre uma notificação proibindo os atuais dirigentes pedetistas de usarem escritos, discursos e imagens do ex-governador Jackson Lago.
Assim reza o ofício encaminhado desde o dia 23 de fevereiro a Julião Amim:
“Notificamos Vossa Senhoria a não fazer qualquer divulgação de escritos, transmissão da palavra, ou utilização da imagem do saudoso e estimado Jackson Lago, sobretudo para associá-la a postura partidária que não condiz com os ideais que lhe inspiraram e pelos quais devotou toda sua honrosa vida”.
“Quem eu quiser que utilize, utiliza. Quem eu não quiser, não utiliza. Isso é para preservar a sua herança, que faz parte da sua intimidade”, declarou a viúva do ex-governador à imprensa.
Resguardadas as devidas proporções, esse episódio da disputa pelo "uso legítimo" da memória e da imagem do falecido Jackson Lago remete à querela familiar entre a filha e a neta de Luís Carlos Prestes, respectivamente Anita Leocádia Prestes (historiadora) e Ana Maria Prestes (socióloga), pelo uso da imagem do líder comunista pelo PCdoB, partido que ajudou a fundar, publicada aqui no blog. (REVEJA)
Hugo Freitas
Resguardadas as devidas proporções, esse episódio da disputa pelo "uso legítimo" da memória e da imagem do falecido Jackson Lago remete à querela familiar entre a filha e a neta de Luís Carlos Prestes, respectivamente Anita Leocádia Prestes (historiadora) e Ana Maria Prestes (socióloga), pelo uso da imagem do líder comunista pelo PCdoB, partido que ajudou a fundar, publicada aqui no blog. (REVEJA)
Hugo Freitas
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