segunda-feira, 5 de março de 2012

CONFIRMADA EXISTÊNCIA DE PETRÓLEO NO MARANHÃO


Técnicos da empresa OGX anunciaram, oficialmente, ao governo do Estado que está comprovada a existência de petróleo, pronto para prospecção, em três dos cinco blocos que a empresa tem licença para explorar na Bacia do Pará-Maranhão.


O comunicado e entrega dos documentos técnicos comprobatórios foi feito pelos executivos da empresa ao secretário de Estado de Minas e Energia, Ricardo Guterres, durante reunião, no início deste mês.

A OGX arrematou, em leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o direito de explorar os blocos BM-PAMA-13, BM-PAMA-14, BM-PAMA-15, BM-PAMA-16 e BM-PAMA-17, na Bacia do Pará-Maranhão. Dos cinco, já foi comprovada a existência de petróleo em três.


Pela OGX, participaram da reunião os gerentes de Implantação de Projetos, José Francisco Neto, e de Meio Ambiente, Cláudio Henrique Costa, além do engenheiro de produção, Jardel Veríssimo. De acordo com José Francisco Neto, a empresa está tendo todo o apoio do Governo para investir e gerar emprego no Maranhão.


“A meta do governo do Maranhão é que os investimentos nas áreas de geração de energia e de mineralogia sejam instalados e gerem receitas para o estado e oportunidades de negócios para a sociedade maranhense, dentro dos parâmetros da sustentabilidade”, ressaltou Ricardo Guterres.


Os executivos da OGX informaram ao secretário de Estado maranhense que o início da prospecção só ainda não aconteceu porque o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não concedeu o Licenciamento Ambiental da Atividade de Perfuração.


A OGX chegou a contratar um navio plataforma, de Cingapura, para iniciar o trabalho de prospecção. A embarcação permaneceu no litoral maranhense entre agosto de 2010 e outubro de 2011, mas por não obter a licença do Ibama, a OGX desistiu e não renovou o contrato de afretamento da jack-up de perfuração Ocean Scepter, afretada com a Diamond Offshore.


A Ocean Scepter tem capacidade para perfurar poços de aproximadamente 11 mil m de profundidade, em lâmina d'água máxima de até 100 m. Os gerentes afirmaram a Ricardo Guterres que a OGX continuará buscando obter o licenciamento ambiental das áreas por entender que são de alto potencial e solicitaram o apoio do governo Estado.


De acordo com informações do portal eletrônico da OGX, a Bacia do Pará-Maranhão possui uma área sedimentar total de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados (km²). Atualmente, a empresa tem direitos de concessão sobre cinco blocos exploratórios na região, cobrindo uma área total de 960 km².


Resta saber se todo esse potencial petrolífero se traduzirá em riqueza para a população maranhense, e não apenas para a classe empresarial e política do estado.


Que a riqueza produzida no Maranhão seja melhor distribuída e se reverta em benefícios à população e não para aumentar a distância abissal entre ricos e pobres.


Hugo Freitas
Com informações da Secom do governo do Estado

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