Com carros de som, faixas e panfletos, representantes da cultura negra no Maranhão fizeram um manifesto na manhã desta sexta-feira (9) em frente à Unidade Integrada Estado do Pará, no bairro da Liberdade.
A manifestação aconteceu por causa de um suposto crime de racismo sofrido pela estudante Ana Carolina Soares Bastos, de 19 anos. Segundo a vítima, a diretora da escola teria dito que esta só voltaria a entrar na instituição quando mudasse o estilo do seu penteado "black power".
De acordo com a estudante, o caso aconteceu aproximadamente no fim do mês passado quando ela chegava à escola. "Quando entrei na escola a diretora me barrou e disse que tinha se assustado comigo. Fiquei sem ação e pedi para falar com a diretora, pois não sabia que era ela. Foi quando ela disse que ela era a diretora e pediu para que eu saísse da escola, depois me chamou de volta e perguntou por que eu usava esse cabelo e eu respondi que era o meu estilo, minha identidade como negra e então ela falou que eu só podia entrar na escola novamente se eu mudasse o meu cabelo", disse a estudante.
Ana Carolina se sentiu muito constrangida, triste e revoltada com o episódio e diz não ser essa a primeira vez que ocorrem casos desse tipo na escola. "Não entendo como ainda existem pessoas que pensam assim, chega de discriminação! Uma colega minha também já foi discriminada aqui pelo fato de ser negra. Somos seres humanos, temos sentimentos, todos merecem ser respeitados", afirmou Ana Carolina.
O representante do Grupo de Dança Afro Malungos (GDAM), Cláudio Adão, esteve presente no manifesto e contou lamentar o fato, pois a diretora da escola está fazendo o inverso do que propõe a educação. "Esse tipo de ocorrência é lamentável, foi aberto um boletim de ocorrência contra ela e a idéia é que se torne um processo e chegue até a Secretária de Educação para saber quem são esses gestores das escolas", revelou Cláudio.
De acordo com o jornal O Imparcial, a diretora da escola identificada apenas pelo nome de "Socorro", não quis se pronunciar sobre o assunto.
Por meio de nota, a secretaria estadual de Educação se manifestou afirmando que irá averiguar a denúncia para tomar as medidas cabíveis.
Confira a nota na íntegra:
Quanto à denúncia de suposta prática de racismo na Unidade Integrada Estado do Pará, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) vem a público informar que tomou conhecimento do caso, e por intermédio da Unidade Regional de Educação (URE) de São Luís, irá averiguar a denúncia, ouvir as partes envolvidas e tomar as providências cabíveis.
Foto e informações de O Imparcial e da Seduc/MA
Fui aluno da referida escola e conheço a diretora, acho lamentável sua posição sobre a igualdade social, quero lembrar à D. Socorro, que não estamos mais nos anos 70, quando a mesma usava da violência, para impor a sua autoridade. D. Socorro, acorde, estamos em pleno século XXI.
ResponderExcluirConheço bem D. Socorro, Diretora da U.I. Estado do Pará, é lamentável o seu posicionamento sobre a igualdade racial, o caso é que ela pensa que ainda está nos anos 70, quando usava da violênciqa para impor a sua autoridade. Acorde, D. Socorro, estamos em p-leno século XXI, o mundo mudou, que tal mudar os seus preceitos?
ResponderExcluirBom dia Hugo, as repartições públicas são privatizadas, por pessoas que sequer conhecem as bases legais. Na porta está escrito, é proibido entrar usando Short e Bermuda, qual é o número dessa Lei, quem puder mande para eu conhecer. Hugo já verificaram se no Regimento Interno do Colégio, determina como as pessoas devem pentear o seu cabelo? As pessoas brigam por tudo! Diretor de Escola foi preparado para as diversidades? Abraços. Reinaldo Cantanhêde Lima
ResponderExcluirEu acho uma vergonha para o Maranhão e principalmente para o Brasil,uma diretora de escola pública que ainda tem um pensamento inferior a atualidade do mundo que a população esta lutando para ter igualdade social e não desigualdade social.
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