O esquema de venda de notas do Uniceuma ainda vai dar muita dor de cabeça para todos os beneficiados pela fraude. E, de acordo com novas informações, a fraude poderia ter sido ainda maior.
Segundo informou Breno Galdino, delegado responsável pelas investigações sobre o caso, pelo menos dez estudantes do Curso de Odontologia do Uniceuma se formaram nos últimos anos comprando notas no esquema fraudulento. A expectativa é de que esses dentistas tenham seus diplomas cassados e, consequentemente, perder seus registros profissionais.
Segundo informações, a OAB e o Conselho Regional de Odontologia já solicitaram à polícia o nome dos envolvidos, que deverá elaborar uma lista a ser entregue primeiramente à reitoria do Uniceuma.
Além de estudantes do curso de Odontologia, outras centenas de beneficiados pela fraude são dos cursos de Medicina, Enfermagem, Direito e Engenharia.
Dois dos principais acusados de chefiar o esquema, Heitor Araújo Gomes, o "Guru", e Leônidas Gabriel Ferreira de Azevedo, já estão presos temporariamente na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), em São Luís, onde deram depoimentos na tarde desta sexta-feira (02).
De acordo com a polícia, os dois acusados confessaram participação no esquema de alteração e venda de notas no sistema de dados acadêmicos do Uniceuma.
O mais surpreendente é que os acusados afirmaram nos depoimentos que tentaram invadir e fraudar o sistema de notas da Faculdade Pitágoras, outra instituição de ensino superior particular da capital, mas não obtiveram êxito. Leônidas é estudante do curso de Sistema de Informação do Pitágoras e trabalha como estagiário do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE).
O delegado Breno Galdino disse em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (02) que tanto Guru quanto Leônidas dominam plenos conhecimentos de informática e detalharam o passo-a-passo de como procederam para invadirem e alterarem as notas no sistema informatizado do Uniceuma.
Galdino disse ainda que todos os beneficiados pela fraude poderão sofrer as sanções cabíveis, algo em torno de 400 alunos, onde especula-se o envolvimento de filhos de vários "figurões" do estado.
Além disso, o delegado informou que os "intermediários", aqueles que iam em busca dos potenciais "clientes", também serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato.
Este já pode ser considerado o maior crime de corrupção praticado na seara da Educação em São Luís e, por conseguinte, no Maranhão, o que só aumenta as chagas provocadas por esse vírus hospedado nas entranhas das atividades exercidas nos diversos âmbitos do Estado, quer seja no Executivo, no Parlamento, no Judiciário, ou nas instituições de ensino superior.
Hugo Freitas
vamos fazer uma parceria de blogs?
ResponderExcluirvou link o seu aki.
http://joaocostagnf.blogspot.com/
OK, companheiro. Fechado!
ExcluirSeu link já foi adicionado.
Abraços.
Bom dia Hugo Freitas é preciso aplicar a sugestão da Bíblia Sagrada. É tua mão que te faz mal corta a mão. Abraços. Reinaldo Lima
ResponderExcluirReinaldo, no Estado de Direito regido pela Constituição do Brasil de 1988 não existe tal pena.
ResponderExcluirOs preceitos bíblicos não se aplicam num país regido por leis. Existe, sim, a pena de privação da liberdade através da prisão daqueles que cometeram crimes.
Abraços.