Por Hugo Freitas
Louvável a iniciativa da TV Guará em
realizar uma sabatina com os candidatos a Prefeito de São Luís, iniciado às
10h15 da noite desta terça-feira (11), com a participação primeira do candidato Marcos
Silva (PSTU).
Mas tem que escolher melhor os
"sabatinadores". Não dá para levar a sério uma saraivada de perguntas
vindas de um assessor de secretário estadual do Governo Roseana Sarney e um
assessor da gestão municipal do prefeito João Castelo.
Além desses "jornalistas", o
mediador (cujo nome me foge agora) também não demonstrou nenhum conhecimento
sobre o candidato Marcos Silva. Pior que isso, foi não ter deixado o referido
candidato expor seus pensamentos e propostas a contento, sem que toda hora o
interferisse, entre outros absurdos pedindo para que tivesse "cuidado" em não citar os demais candidatos, não permitindo assim o usufruto do tempo de 3 minutos
disponível para cada pergunta, conforme as regras do jogo.
Demonstrando um total despreparo exemplificado principalmente na pérola de que as verbas para a educação municipal só vêm do governo federal, e além de não propor questionamentos
pontuais sobre as necessidades da cidade de São Luís, o mediador fazia questão
de salientar - quase a todo momento, rebatendo o candidato (como se ele também
o fosse) - que suas observações não passavam de um "discurso velho e
repetitivo".
Afinal, a função do "mediador" é "mediar"
o debate ou "julgar" as respostas do candidato? É de promover um espaço de
discussão "ampla e democrática" ou de negar aquilo o que o candidato
tem a dizer?
Na prática, foi isso o que aconteceu. Talvez não saiba o ilustre
mediador que cada discurso político está indissociavelmente ligado às
crenças, convicções e visões de mundo de cada indivíduo. Faz parte de suas
experiências particulares de vida. Ainda assim, em linhas gerais, a tentativa de tolher
descaradamente a fala de Marcos Silva jogou no chão um pouco da credibilidade
do debate.
Mas o ponto auge da sabatina ainda
estava por vir. Foi a certificação do "jornalista" de O
Estado do Maranhão, assessor do secretário estadual de
Infra-Estrutura, Max Barros, em afirmar que nenhum candidato do PSTU para
vereador será eleito, senão o próprio Marcos Silva. O "jornalista"
sugeriu que Marcos Silva fosse candidato a vereador e não a prefeito, pois
tinha "certeza" que na vereança ele seria eleito.
A visão de democracia burguesa e de
pertencimento à esfera política dominante no estado está tão inculcada nesses
interlocutores, que eles não conseguem conceber a sobrevivência de um político
que não esteja submetido à mesma lógica de poder.
No frigir dos ovos, quero ver se esses
sabatinadores mantêm essa mesma postura em relação a todos os demais
candidatos, principalmente aos ditos "favoritos". Ou você, prezado
leitor, ainda têm dúvidas de como serão as perguntas, daqui por diante,
especialmente do assessor tucano para seu padrinho Castelo e do assessor
governista para seu tutor Washington?
O próximo episódio dessa tragicomédia
televisiva eleitoral será hoje (12), a partir das 22h15, na TV Guará, Canal 23,
tendo como protagonista o prefeito João Castelo (PSDB). A disputa continua!!!
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