Editado por: Hugo Freitas
A nossa sociedade acha a condição de
professor linda e digna. Enquanto ficar só nessa percepção estética e moral, a
carreira não vai ser valorizada profissionalmente.
O reconhecimento
profissional, entre outras coisas, implica em remuneração compatível e correspondente
ao grau de complexidade das tarefas e ao grau de exigência de especialização,
titulação e produtividade.
A autoestima profissional não deve ser desassociada
de uma remuneração capaz de prover uma sobrevivência digna e que recompense os
esforços. Que prestígio social é esse para uma carreira mal remunerada?
Sacerdócio? Não. Professor é uma atividade de profissionais.
Ganhos de um professor por atividades:
- Orientação de monografia.
Remuneração: NADA;
- Elaboração de questões e exercícios
inéditos: NADA;
- Elaboração e confecção de material
didático: NADA;
- Orientação em projeto de iniciação
científica: NADA;
- Atendimento ao aluno extra-sala, via
e-mail etc. : NADA;
- Participação em banca de monografia:
NADA;
- Isenções de impostos relacionadas às
atividades laborais: NADA;
- Auxílio ou desconto para aquisição de
livros e recursos didáticos: NADA;
- Desconto nas bilheterias dos
estabelecimentos de eventos culturais e de lazer:NADA;
- Horas de digitação: NADA.
Não basta só a paralisação, tem que
existir a recusa: não lançar notas, não orientar, não fazer projeto etc., até
que essas atividades sejam devidamente remuneradas.
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