domingo, 2 de setembro de 2012

PROFESSOR: PROFISSÃO OU MARTÍRIO?


Editado por: Hugo Freitas

A nossa sociedade acha a condição de professor linda e digna. Enquanto ficar só nessa percepção estética e moral, a carreira não vai ser valorizada profissionalmente.

O reconhecimento profissional, entre outras coisas, implica em remuneração compatível e correspondente ao grau de complexidade das tarefas e ao grau de exigência de especialização, titulação e produtividade.

A autoestima profissional não deve ser desassociada de uma remuneração capaz de prover uma sobrevivência digna e que recompense os esforços. Que prestígio social é esse para uma carreira mal remunerada? Sacerdócio? Não. Professor é uma atividade de profissionais.

Ganhos de um professor por atividades:

- Orientação de monografia. Remuneração: NADA;
- Elaboração de questões e exercícios inéditos: NADA;
- Elaboração e confecção de material didático: NADA;
- Orientação em projeto de iniciação científica: NADA;
- Atendimento ao aluno extra-sala, via e-mail etc. : NADA;
- Participação em banca de monografia: NADA;
- Isenções de impostos relacionadas às atividades laborais: NADA;
- Auxílio ou desconto para aquisição de livros e recursos didáticos: NADA;
- Desconto nas bilheterias dos estabelecimentos de eventos culturais e de lazer:NADA;
- Horas de digitação: NADA.

Não basta só a paralisação, tem que existir a recusa: não lançar notas, não orientar, não fazer projeto etc., até que essas atividades sejam devidamente remuneradas.

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