As moedas de ouro e o jarro de cerâmica onde estavam escondidas: descoberta arqueológica
Um tesouro com moedas
de ouro milenares foi desencavado de um terreno onde forças cristãs e
muçulmanas travaram batalhas pelo controle da Terra Santa durante as cruzadas,
disseram arqueólogos na quarta-feira.
O material estava nas
ruínas de um castelo em Arsuf, local estratégico durante o conflito religioso
dos séculos 12 e 13.
As 108 moedas formam
uma das maiores coleções de moedas antigas já descobertas em Israel. Elas
estavam em uma jarra de cerâmica sob uma lajota, no topo das ruínas que ficam à
beira-mar, a 15 quilômetros de Tel Aviv.
"É uma descoberta
rara. Não temos muito ouro que foi circulado pelos cruzados", disse Oren
Tal, professor da Universidade de Tel Aviv que comandou a escavação.
Foi em Arsuf que as
forças do rei inglês Ricardo Coração de Leão derrotaram o líder islâmico
Saladino. Cerca de 80 anos depois, em 1265, os muçulmanos voltaram sob o
comando de outro general e sitiaram a cidade por 40 dias. Quando os muros
externos caíram, os cavaleiros cruzados recuaram para o castelo, que acabou
sendo destruído.
Tal acredita que o
tesouro tenha pertencido à Ordem de Malta, cujos membros habitavam o castelo.
As moedas talvez seriam usadas para pagar o arrendamento das terras, ou fossem
o lucro de atividades industriais, disse o arqueólogo.
Ao todo, as moedas
pesam cerca de 400 gramas. Algumas foram cunhadas dois séculos antes no Egito,
e elas serão estudadas nos próximos seis meses, disse Tal.
"O estudo dessas
moedas irá contribuir para a nossa compreensão de como interações econômicas de
grande escala eram feitas na época", disse ele.
Fonte: Agência Reuters
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