Vai, Corinthians! Vai, Emerson! "Obrigado, Sheik!"
A espera acabou... A festa é preta e branca. E com direito a "olé" e
bem menos sofrimento do que a Fiel está acostumada. Com dois gols do camisa 11,
o Timão fez 2 a 0 no Boca Juniors, nesta quarta-feira, no Pacaembu, e é campeão
invicto da Copa Santander Libertadores. A América é da Fiel! Para a alegria,
lágrimas e todos os sentimentos misturados de seus torcedores.
"Vamos Corinthians! Essa noite teremos que
ganhar..." A música embalou o Timão nesta Liberta. E o time ganhou. Mas a
festa não acabou e nem acabará durante a noite...
Não é fácil escrever sobre tudo o quê o corintiano passou até
este 4 de julho de 2012. De doídos jogos na Libertadores. De vencedores
partidas fora dela. Do campeão mundial. Do pentacampeonato brasileiro. Do tri
da Copa do Brasil. Dos 26 títulos paulistas, como o inesquecível de 1977,
findando uma longa fila de 23 anos. No mesmo ano da estreia na Libertadores.
Já se passaram 35 anos e dez edições desde a primeira vez no
torneio. De eliminações sofridas. Para rivais e para os que viraram rivais. Mas
isso é mais do que passado...
"Maior amor nem mais estranho existe. Que o meu, que não
sossega a coisa amada. E quando a sente alegre, fica triste. E se a vê
descontente, dá risada." Vinícius de Moraes não se inspirou na torcida
corintiana ao escrever "Soneto do maior amor", em 1938. Mas poderia.
Este é o amor da Fiel pelo seu clube. É o amor, que faz
sofrer como "gostam" os torcedores. Sofrido, mas amor. Amor daqueles
incontroláveis.
"Louco amor meu, que quando toca, fere. E quando fere
vibra [...] Fiel à sua lei de cada instante. Dessassombrado, doido, delirante.
Numa paixão de tudo e de si mesmo", completou Vinícius, como se a Fiel se
"encaixasse" nesta descrição. O "Bando de Loucos". Loucos
pelo seu time. Fiéis à sua camisa. Um amor em preto e branco.
São os "loucos" os donos da festa, que é de todos
aqueles que torcem pelo Corinthians. Que vivem o Corinthians. O Timão do Bruno,
Nikolas, Leonardo, Leandro, Thiago, José, João, Aretha, Ighor, Herbert, Edna,
Geraldo, Rodrigo, Renato, Carlos, Rafael, Plínio, Felipe, Cláudio, Fernando,
Paula, Michele, Tatiana, Renata, Sérgio, Sinval e de tantos outros. De outros
que não estão mais vivos como Sócrates. Mas que também viveram e vivem este
dia. Da nação corintiana. Da Fiel!
O ato final começou como o esperado. Tenso. Barulhento. O
Pacaembu, em festa, saudou os corintianos e vaiou os argentinos. No seu canto,
os xeneizes cantaram, abafados pela Fiel.
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