Gardeninha Castelo, filha do prefeito de São Luís, João Castelo
Por Hugo Freitas
"Quanto mais se
mexe no vespeiro, mais os insetos se agitam". Nunca um ditado popular foi
tão verdadeiro quanto nas investigações que tentam elucidar a morte do
jornalista Décio Sá, executado a tiros num bar da Avenida Litorânea em abril
passado.
Parece que não
adiantou nada todo o espetáculo armado ontem (03) para a reconstituição dos
passos dados pelo assassino confesso Jhonatan Silva. Enquanto se tenta chamar a
atenção da mídia para as ações do matador de Décio, vazamentos de depoimentos
dos envolvidos no crime (que deveriam ocorrer, de fato, em sigilo) roubam a
cena em curtos espaços de tempo.
Mais uma vez, o
jornalista e blogueiro Itevaldo divulgou um novo "vazamento" que
consta o nome de políticos maranhenses. Dessa vez, trata-se nada mais, nada menos,
do que a filha do prefeito de São Luís, a deputada estadual Gardeninha Castelo
(PSDB).
Fragmento de texto
extraído do Blog do Itevaldo
Segundo o texto
publicado pelo referido blogueiro em sua página virtual, a empresária Patricia Gracielli
Martins (esposa de Júnior Bolinha) em depoimento aos delegados da Polícia Civil
que investigam o assassinato do jornalista Décio Sá, no último dia 20 de junho,
revelou uma suposta negociação entre a deputada estadual Gardeninha Castelo
(PSDB) – filha do prefeito de São Luís, João Castelo – e o empresário Gláucio
Alencar.
A polícia, Patrícia
Gracielli contou que Gláucio Alencar teria emprestado a deputada Gardeninha
Castelo o valor de R$ 400 mil. Essa revelação está na página seis do depoimento
dela à polícia. Ao depor Júnior Bolinha disse que possuía algumas máquinas
pesadas alugadas para a prefeitura de São Luís.
Segundo a esposa de
Júnior Bolinha, a deputada Gardeninha Castelo e Gláucio Alencar tinham
negócios. “Gláucio e a deputada Gardênia Castelo tinham negociações mais eu não
sei de que tipo”, disse Patrícia à polícia.
Gardeninha Castelo é o terceiro nome de
parlamentares maranhenses citados nas investigações policiais, somando-se aos
deputados estaduais Raimundo Cutrim (PSD), citado pelo próprio Jhonatan Silva
como "principal mandante" (veja AQUI), e Marcos Caldas (PRB), mencionado por
Junior Bolinha como seu sócio em uma concessionária de veículos em São Luís.
Raimundo Cutrim, acusado por Jhonatan de ser o "principal mandante" do
crime
Marcos Caldas,
apontado como sócio de Junior Bolinha
Mas parece que boa parte dos
"críticos de plantão" ainda não se deu conta disso. Não se trata de
se "heroicizar" o assassino confesso Jhonatan Silva, que nem no
Maranhão morava, e os seus supostos asseclas, mas sim de ir a fundo nas intenções e nos interesses que
motivaram a morte do polêmico jornalista Décio Sá.
Afinal, a própria imprensa
local divulgou que os peritos da polícia reconheceram a contribuição que
Jhonatan está prestando para o andamento das investigações. Estas devem
continuar caminhando nessa direção, doa a quem doer. Resta saber se terão fôlego (e poder)
suficiente para punir os "peixes graúdos" ainda não capturados. Aliás, eis o principal fator apontado por muitos da necessidade de intervenção da Polícia Federal no caso.
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