Por Hugo Freitas
Começou a ser veiculada nesta semana,
no rádio e na TV, a nova peça publicitária do Partido Progressista (PP). Para a
surpresa de muitos, depois de "séculos" protagonizando o espaço
político-midiático do partido, desta feita o deputado federal Waldir Maranhão,
presidente da legenda no estado, cedeu a vez para a vereadora por São Luís, Rose
Sales, recém-integrada às fileiras dos "progressistas".
A aparição da ex-comunista Rose na
propaganda do PP sugere que ela está mesmo disposta a disputar a Prefeitura da
capital nas eleições do ano que vem. Para isso, já mostra que conquistou a
confiança e o apoio dos caciques progressistas, ao estrelar, sozinha, a
referida peça publicitária.
Contudo, o fato da vereadora gozar do
apoio de Waldir Maranhão, líder do partido no estado, se constitui num fator
paradoxal. Afinal, Waldir consta na "Lista Janot" de investigados
pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato e o seu partido contém o maior
número de deputados como alvo da PF.
Portanto, se de um lado o apoio de
Maranhão, que é vice-presidente da Câmara Federal, pode fortalecer o nome de
Rose Sales na corrida sucessória municipal vindoura, por outro tal aproximação
pode muito bem ser explorada pelos adversários políticos da ex-comunista por conta dos
problemas de Waldir com a Justiça.
Uma vez que Dino estreita, a cada dia, a "parceria institucional" com Edivaldo, e diante do crescente "favoritismo" de Eliziane Gama (PPS) para o próximo pleito, Rose Sales precisará ampliar seu leque de alianças estratégicas e diversificar seu escopo de atuação (social, política e também midiática, o que inclui o uso das redes sociais e das mídias digitais) para superar os quase 6% das intenções de voto apontados na última pesquisa Escutec e cimentar seu caminho rumo ao Palácio de La Ravardiére.
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