Dom Belisário, arcebispo metropolitano de São Luís, autoridade máxima da Igreja Católica no Maranhão
Conforme "pedra cantada"
neste blog, a Arquidiocese de São Luís resolveu se manifestar oficialmente
sobre a "peleja" ocorrida no último sábado (27), no Palácio dos Leões, envolvendo o dirigente da Pastoral Carcerária do
Maranhão, padre Roberto Perez Cordova, e o governador do Estado, Flávio
Dino (PCdoB).
Por meio de "Nota de Solidariedade" da Comissão de Justiça
e Paz, assinada por Cecília Amim com o visto de dom
Belisário, arcebispo metropolitano de São Luís e autoridade máxima da
Igreja Católica no Maranhão, a instituição eclesiástica lamentou os
"conceitos e palavras indelicadas dirigidas ao padre Roberto Perez"
pelo governador.
No texto, a Arquidiocese manifesta
"solidariedade ao padre pela forma como teve sua dignidade atingida ao
fazer críticas ao Sistema Penitenciário do Maranhão", condenando as
declarações de Flávio Dino como "momento de achincalhes e dor".
Em linhas gerais, a Nota expressa que
dom Belisário reconhece o trabalho desenvolvido pelo padre Roberto Perez,
"pela sua competência e conhecimento do Sistema Carcerário do
Brasil", e dá ciência de que as atividades de assistência religiosa
desenvolvidas pelo sacerdote tanto no governo Roseana Sarney quanto na gestão
Flávio Dino - de onde foi exonerado apenas no final de março deste ano, após
tecer críticas à continuidade do modelo de gestão no Complexo Penitenciário de
Pedrinhas - são legais, reconhecidas pela Constituição Federal e previstas na
Lei de Execução Penal.
“É de nosso conhecimento que o Padre
Roberto Perez Cordova teve um contrato com o Governo do Maranhão, para atuar
junto aos presídios, dando assistência religiosa aos presos e presas, o que
pode ser comprovado com o testemunho de todos os membros da Pastoral
Carcerária, pelos próprios apenados e apenadas do Complexo Penitenciário de
Pedrinhas e de todo o Maranhão, trabalho que exerceu, com seriedade e
compromisso cristão, uma vez que o cargo existia e ainda existe, tanto assim,
que desde a demissão do sacerdote, foi contratado para substitui-lo por um
representante de outra igreja. De longe, qualificá-lo com a forma pejorativa de 'mensalinho'”, afirma a Nota.
Declarações de Dino no Twitter alimentaram a cizânia entre o Governo e a cúpula da Igreja Católica do Maranhão
Ao "bater de frente" com o padre dirigente de uma importante Pastoral, como é a da Carcerária, e que prestava serviço para a atual gestão até ser exonerado no final de março, o governador Flávio Dino acabou "comprando briga" com toda a cúpula da Igreja Católica do Maranhão.
Leia também:
Leia abaixo a íntegra da Nota da Arquidiocese
de São Luís contra as declarações do governador do Maranhão:
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