segunda-feira, 29 de junho de 2015

Arquidiocese de São Luís critica "achincalhes" de Flávio Dino e defende dirigente da Pastoral Carcerária

Dom Belisário, arcebispo metropolitano de São Luís, autoridade máxima da Igreja Católica no Maranhão

Conforme "pedra cantada" neste blog, a Arquidiocese de São Luís resolveu se manifestar oficialmente sobre a "peleja" ocorrida no último sábado (27), no Palácio dos Leões, envolvendo o dirigente da Pastoral Carcerária do Maranhão, padre Roberto Perez Cordova, e o governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB).

Por meio de "Nota de Solidariedade" da Comissão de Justiça e Paz, assinada por Cecília Amim com o visto de dom Belisário, arcebispo metropolitano de São Luís e autoridade máxima da Igreja Católica no Maranhão, a instituição eclesiástica lamentou os "conceitos e palavras indelicadas dirigidas ao padre Roberto Perez" pelo governador.

No texto, a Arquidiocese manifesta "solidariedade ao padre pela forma como teve sua dignidade atingida ao fazer críticas ao Sistema Penitenciário do Maranhão", condenando as declarações de Flávio Dino como "momento de achincalhes e dor".

Em linhas gerais, a Nota expressa que dom Belisário reconhece o trabalho desenvolvido pelo padre Roberto Perez, "pela sua competência e conhecimento do Sistema Carcerário do Brasil", e dá ciência de que as atividades de assistência religiosa desenvolvidas pelo sacerdote tanto no governo Roseana Sarney quanto na gestão Flávio Dino - de onde foi exonerado apenas no final de março deste ano, após tecer críticas à continuidade do modelo de gestão no Complexo Penitenciário de Pedrinhas - são legais, reconhecidas pela Constituição Federal e previstas na Lei de Execução Penal.

“É de nosso conhecimento que o Padre Roberto Perez Cordova teve um contrato com o Governo do Maranhão, para atuar junto aos presídios, dando assistência religiosa aos presos e presas, o que pode ser comprovado com o testemunho de todos os membros da Pastoral Carcerária, pelos próprios apenados e apenadas do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e de todo o Maranhão, trabalho que exerceu, com seriedade e compromisso cristão, uma vez que o cargo existia e ainda existe, tanto assim, que desde a demissão do sacerdote, foi contratado para substitui-lo por um representante de outra igreja. De longe, qualificá-lo com a forma pejorativa de 'mensalinho'”, afirma a Nota.

Declarações de Dino no Twitter alimentaram a cizânia entre o Governo e a cúpula da Igreja Católica do Maranhão

Ao "bater de frente" com o padre dirigente de uma importante Pastoral, como é a da Carcerária, e que prestava serviço para a atual gestão até ser exonerado no final de março, o governador Flávio Dino acabou "comprando briga" com toda a cúpula da Igreja Católica do Maranhão.

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Leia abaixo a íntegra da Nota da Arquidiocese de São Luís contra as declarações do governador do Maranhão:

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