Queda de recurso é corresponde somente
a este primeiro semestre de 2015. Previsão é de que novos cortes sejam
efetuados nos próximos dois repasses deste mês.
Levantamento elaborado pela Federação
dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), com base em informações prestadas
pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e Receita Federal, revela que,
somente neste primeiro semestre do ano, as cidades maranhenses foram
prejudicadas com a perda de cerca de R$ 38 milhões do Fundo de Participação dos
Municípios, cujos repasses são efetuados pela União.
Na última quarta-feira (10), foi
creditada nas contas das prefeituras maranhenses, referente ao primeiro decênio
deste mês, a quantia de R$ 131,3 milhões. No mesmo período do ano passado, o
valor pago foi de R$ 136,7 milhões, o que representa uma queda de repasse de
3,95% e uma diminuição de mais de R$ 5,4 milhões nos cofres dos municípios.
A situação de crise financeira das
cidades maranhenses pode se agravar, ainda mais, se confirmadas as previsões da
Receita Federal, que apontam que a queda de repasses para os próximos dois
decênios deste mês – dias 20 e 30 – pode ultrapassar a casa dos 11%.
“Nossa preocupação é de que estas
perdas aumentem, cada vez mais, e inviabilizem as administrações públicas
municipais do Maranhão, que já trabalham praticamente no vermelho. Além disso,
junho é um mês no qual a maioria das prefeituras inicia o pagamento da primeira
parcela do 13º salário. Por conta disso, é necessário que os gestores tenham um
bom planejamento tributário e financeiro para contornar essa crise e evitar,
por exemplo, atraso no pagamento do funcionalismo e de fornecedores”, afirmou o
presidente da entidade municipalista, prefeito Gil Cutrim (PMDB), de São José de
Ribamar.
Janeiro foi o mês no qual os municípios
maranhenses sofreram a maior perda de repasses do FPM. Foi registrado um
decréscimo de R$ 15 milhões nas contas das prefeituras referente ao mesmo
período do ano passado.
Em fevereiro, a queda de repasses foi
orçada em R$ 6,6 milhões. No mês seguinte, o corte foi de R$ 1,1 milhão. Abril
as prefeituras perderam cerca de R$ 3,6 milhões, encerrando o mês de maio com
um déficit orçamentário, ocasionado pela diminuição dos repasses por parte da
União, de R$ 6,2 milhões.
Gil Cutrim voltou a apontar a injustiça do pacto
federativo imposto pela União como o fator responsável pela crise
financeira vivida por todos os municípios brasileiros. “Enquanto não houver
sensibilidade e vontade política do Congresso Nacional para modificar este
pacto, os municípios e suas populações continuarão sofrendo com a perda
constante de recursos que poderiam estar sendo utilizados na execução de novas
políticas públicas”.
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