Ilustração (internet) da Plataforma de Gás Troll que mostra a necessária tecnologia e a complexa operação de exploração de gás natural na Noruega, um dos sistemas mais avançados do mundo
O Maranhão volta à cena nacional da
produção de matriz energética com a nova decisão da Agência Nacional de
Petróleo (ANP) em incluir 22 blocos da Bacia do Parnaíba nos leilões nacionais
para exploração de gás natural que serão realizados no mês de outubro.
A
decisão foi informada pela presidenta da ANP, Magda Chambriard, ao governador
Flávio Dino (PCdoB) durante reunião em Brasília, na sede do órgão.
O Conselho Nacional de Política
Energética aprovou nesta terça (09) a resolução que autoriza a Agência Nacional
do Petróleo a realizar a 13ª rodada de licitações para exploração de gás no
país. A Bacia do Parnaíba, localizada no Maranhão, será contemplada com o
leilão de 22 blocos de exploração de gás natural – uma importante vertente de
investimento no Estado.
A resolução foi publicada no Diário
Oficial da União, prevendo ainda que a rodada de leilões aconteça nos dias 7 e
8 de outubro – data na qual as empresas interessadas em explorar o gás
terrestre da Bacia do Parnaíba poderão negociar a exploração de cada um dos
blocos disponibilizados pela Agência para o certame.
A informação foi dada por Magda
Chambriard, que recebeu o governador Flávio Dino, o secretário de Estado
Ricardo Capelli e o deputado federal José Reinaldo Tavares para discutir os
próximos passos para investimentos no Maranhão. Na opinião da presidenta da
ANP, o desenvolvimento da exploração de gás no Maranhão é decisivo para o
fortalecimento da política nacional de industrialização.
“Não dá para falar de exploração de gás
no Brasil nos próximos anos sem falar no Maranhão, pois o Estado faz parte do
projeto estruturante para o plano nacional” destacou a presidenta da ANP
durante a reunião, afirmando ainda que a ANP tem interesse em acelerar a
exploração e a produção de gás e energia no Maranhão.
Hoje, o Maranhão produz 2 milhões de m³
de gás natural e, com os novos investimentos em construção neste ano, chegará a
5 milhões de m³ a partir de 2016. Para esse crescimento, foi fundamental a
declaração de comercialidade da Bacia Terrestre do Parnaíba, autorizada pelo governo estadual no mês
de março.
Complexo Portuário do Itaqui, em São Luís do Maranhão
Porto do Itaqui
Além das condições de produção
energética, a posição geográfica do Maranhão também o coloca em posição
competitiva diante dos demais estados brasileiros. Isto porque operações de
trocas comerciais nacionais e internacionais de grande porte são viabilizadas
pela condição logística natural que o Porto do Itaqui possui.
Na última terça (09), a presidenta Dilma
Rousseff anunciou a inclusão do porto maranhense no Programa de Investimento em
Logística nacional, com a abertura de certame para operação privada de dois
novos terminais no Porto do Itaqui.
Há que se ressaltar, contudo, que não basta apenas gerar
riqueza. É necessário que os frutos oriundos desses investimentos tenham
impactos, também significativos, na vida da população maranhense,
particularmente nas cidades com os piores índices de desenvolvimento humano e
social.
Assim, evitar-se-á a reprodução da lógica produtiva reinante no Maranhão, que gera riqueza concentrando-a nas mãos de poucos em detrimento de milhões de maranhenses que vivem abaixo da linha da pobreza.
As informações são do Governo do Estado do Maranhão
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