A inspeção do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), para verificar as condições dos presos do Complexo Penitenciário
de Pedrinhas, em São Luís (MA), revelou uma situação alarmante: esposas e irmãs
de presos estariam sendo obrigadas a ter relações sexuais com líderes das
facções criminosas. Os presos que se recusam a permitir o estupro das mulheres
correm risco de serem mortos.
O juiz auxiliar do CNJ, Douglas Martins, fez a denúncia depois de uma visita ao local. O magistrado cobrou
providências do governo maranhense para que esse tipo de violência não seja
mais praticado.
"As parentes de presos sem poder
dentro da prisão estão pagando esse preço para que eles não sejam assassinados.
É uma grave violação de direitos humanos", declarou o juiz, que é coordenador
do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do CNJ.
Esse será um dos tópicos do relatório
que está sendo produzido sobre a situação de Pedrinhas. O documento será
entregue nesta semana ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do CNJ e do
Supremo Tribunal Federal.
A inspeção ocorreu depois da morte de cinco
presos, em conflito ocorrido há duas semanas. Três vítimas foram decapitadas. No total, 58 detentos já morreram no presídio este ano.
Segundo o juiz do CNJ, o presídio não
tem espaço adequado para visitas íntimas, que acontecem nas celas. Como as
grades das celas foram depredadas, cerca de 300 detentos convivem nos pavilhões
dia e noite. Para Douglas Martins, o cenário estimula brigas, agressões e
mortes.
"Por exigência dos líderes de facção,
a direção da casa autorizou que as visitas íntimas acontecessem no meio das
celas. Sou totalmente contrário à prática e pedi providências ao secretário da
Justiça e da Administração Penitenciária (Sebastião Uchôa), que prometeu acabar
com a prática em Pedrinhas", disse o magistrado.
A assessoria de imprensa do governo do
Maranhão informou que as autoridades locais não dariam entrevista sobre o
assunto. Só haverá manifestação em ofícios ao CNJ e ao CNMP. As respostas não
têm data prevista para chegar aos órgãos.
O CNJ constatou irregularidades no
sistema penitenciário maranhense em 2011, no Mutirão Carcerário, um programa de
inspeção nos presídios. Desde então, o CNJ recomenda ao governo do estado a
construção de unidades prisionais, especialmente no interior, para acabar com a
superlotação de Pedrinhas, o único presídio do Maranhão.
Em outubro deste ano, nove detentos
foram mortos no local depois de uma rebelião. O conselho voltou ao estado para
reiterar a mesma recomendação. Foi quando a governadora Roseana Sarney prometeu
construir, em seis meses, onze novas unidades prisionais, dez delas no
interior.
No dia 19, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, enviou ofício a Roseana Sarney pedindo informações
atualizadas sobre a situação do sistema carcerário do estado. Foi dado três
dias de prazo, mas a resposta ainda não chegou.
Dependendo das informações
prestadas, Janot vai pedir a intervenção federal do estado no STF. O Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP), presidido por Janot, também enviou
representante ao presídio de Pedrinhas para realizar inspeção no local.
Com informações de O Globo
Esse Maranhão é a vergonha do Brasil...
ResponderExcluirXô Roseana, Xô Sarneyzada!!!
Realmente, absurdos como esses de que a própria direção do presídio autorizou relações íntimas dentro das celas é que envergonham o nosso Maranhão. Inaceitável tal situação de desrespeito aos direitos humanos. Sem contar as constantes decapitações de detentos, devidos às disputas entre facções que lutam por poder dentro de Pedrinhas.
ExcluirA família Sarney conseguiu fazer do Maranhão uma terra mais atrasada do que qualquer conto de idade medieval. Com histórias como essa dá para acreditar que o inferno exista? O inferno está na terra em estados como esse.
ResponderExcluirO diretor de Pedrinhas aceitou as exigências dos líderes das facções e permitiu que as visitas íntimas fossem feitas dentro das celas, na frente dos demais presidiários. Absurdo!!!
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