quarta-feira, 26 de junho de 2013

O RETORNO DE EDIVALDO E A PERMANÊNCIA DE ROSEANA EM BRASÍLIA

Edivaldo e sua equipe de secretários em reunião com manifestantes na sede da Prefeitura de São Luís

Por Hugo Freitas

É de causar espanto e admiração as formas distintas como as administrações públicas da capital maranhense e do Estado do Maranhão enfrentam os problemas relativos às suas respectivas populações.

Enquanto o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, retorna de Brasília um dia após ter se reunido com a presidente Dilma Rousseff para a discussão dos 5 pactos propostos pela chefe do Executivo federal em prol da melhoria dos serviços públicos do país, e já coloca em pauta uma reunião com lideranças das manifestações que locupletam a capital maranhense, a governadora Roseana Sarney Murad permanece na capital federal, sabe-se lá fazendo o quê.

Aliás, parece até que a "agenda de trabalho" da governadora do Maranhão é um segredo guardado a sete chaves. Desde que a onda de protestos se espalhou por todos os cantos deste país e chegou a São Luís e aos mais recônditos municípios maranhenses, não se viu nem se ouviu um pronunciamento de Roseana, uma fala sequer, uma vírgula que seja sobre os protestos populares que pipocam em todo o Estado.

Roseana Sarney permanece em Brasília, "evitando" as manifestações do povo

Pelo contrário, a governadora insiste em virar a cara para o clamor que vem das ruas, em se fazer inerte e permanecer em silêncio, num manifesto ato de desrespeito com o povo maranhense e de desinteresse por suas legítimas reivindicações.

A reunião de Edivaldo com uma comissão formada pelos manifestantes dos movimentos “Vem Pra Rua São Luís”, “Acorda Maranhão”, "Acorda São Luís", "Nossa São Luís", dentre outros, se transformou num ato simbólico que marca positivamente a sua gestão, digna de cobertura até mesmo pelo canal de comunicação de propriedade da família da governadora, a TV Mirante, o que deve ter surpreendido a muitos, inclusive este vosso interlocutor, prezado leitor.

Imprensa ludovicense presente na reunião de Edivaldo com manifestantes, inclusive a Mirante

Na ocasião, o prefeito assumiu o compromisso de implantação do Conselho Municipal do Transporte Público em São Luís com participação de membros da sociedade civil organizada, o que irá propiciar transparência no cálculo da tarifa de ônibus da cidade, assim como discutir a questão da abertura de licitação para a exploração do serviço de transporte coletivo na capital para novas empresas.

Além disso, estudos serão feitos para dar um destino ao VLT, que se encontra abandonado no Terminal da Praia Grande, bem como sobre a implantação de ciclovias, Bilhete Único, melhorias dos ônibus (conforto e segurança) e da malha viária urbana, entre outras reivindicações apresentadas pelos representantes dos movimentos presentes na reunião.

Foi assistindo ao noticiário televisivo “mirantiano” que tomei conhecimento da permanência de Roseana em Brasília, através da leitura de uma nota emitida pela Secretaria de Comunicação do Governo do Estado, a qual afirma, tácita e simploriamente, que “a governadora sempre esteve aberta ao diálogo com os manifestantes”.

Parece brincadeira, mas esta é a primeira vez que o governo estadual se pronuncia oficialmente sobre os protestos que fervilham em todo o Maranhão há quase duas semanas. Uma simples nota lida no jornal.

Momentos históricos como estes que sacudiram (e ainda sacodem) o povo brasileiro e, também, o maranhense (confira aqui), requerem dos governantes maior sensibilidade e atenção ao brado que emana das ruas, uma vez que é a sua própria ineficiência enquanto "gestores públicos" (prefeitos e governadores) e a precariedade dos serviços públicos oferecidos que estão sendo colocados contra a parede e exigidas melhorias concretas e efetivas que contemplem toda a população, e não apenas um punhado dominante da sociedade.

Ainda que os frutos a serem colhidos não venham de forma tão imediata como se deseja, mas muito mais a médio e a longo prazo, especialmente no tocante à questão da mobilidade urbana em São Luís, uma das principais bandeiras de luta levantadas pelas manifestações na capital, o prefeito Edivaldo finca sólidas raízes à frente de sua gestão e de aceitação perante a população ludovicense, pelo menos no quesito "diálogo".

O mesmo já não se pode dizer da governadora Roseana Sarney, que teima em fingir que nada de novo acontece no Maranhão, mantendo assim uma postura antirrepublicana e antidemocrática, de indiferença e de pouca afeição às críticas que vêm das ruas e aos anseios do povo maranhense.

Roseana Sarney, postura antidemocrática não resolve nada, só aumenta a revolta da população

10 comentários:

  1. essa senhora tem sair,o povo do maranhao precisa de ajuda nao dessa senhora pra rouba e fazer vista groça.tem que coloca ela no meio do povo ela vai sentir a revolta do maranhese,ela fica se refúgiado com pai ladrao, do sarney e uma vergonha vamos junto maranhao coloca esses ledroes pra forra.

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  2. Espero que ela reveja essa situação e também abra sua agenda para conversar com os movimentos interessados na melhoria do Estado... Essa postagem não a torna uma bruxa, nem transforma Holandinha num santo, mas alerta para maior proximidade entre o Poder e os interesses do povo... e outra coisa, tem que acabar com esse discurso velho de "anti-sarney" ou "fora-sarney", temos que olha-la como governadora e pronto, boa ou ruim, mas como governadora e deixar esse discurso velho pra tras...

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    1. Concordo que a postagem não santifica nem demoniza um ou outro gestor. Muito pelo contrário, o texto evidencia, minimamente, a postura republicana e democrática que se espera de um gestor público, principalmente neste momento de grandes protestos e manifestações contra a precariedade dos serviços públicos e contra os abusos cometidos por aqueles que administram os recursos do país.
      A postura de Edivaldo é elogiável precisamente em se comparando com a postura silenciosa e indiferente de Roseana. Se ambos tivessem adotado a mesma postura, não haveria o espanto nem a admiração, muito menos a razão de ser desse texto.
      Bom salientar também que em nenhum momento o texto abordou o velho discurso engessado "sarney/anti-sarney", pensamento simplório, reducionista, que em nada contribui para a solução dos graves problemas sociais que afligem a população maranhense, para além do mero discurso estratégico de tomada do poder.
      No mais, agradeço a participação e as pertinentes observações.

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  3. ladrao familia sarney fora aaaaaa...

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  4. faraaaaaaaaaaaaaaa,bando de ladreos familia sarney.

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  5. Caro Hugo, essa suposta reunião com "lideranças" de movimentos sociais já caiu por terra quando foram identificados nela, membros ligados aos partidos políticos do prefeito, vice, flávio dino, enfim... A Prefeitura lançou nota em que o DCE se fez presente, e o próprio DCE desmentiu publicamente essa farsa... O povo continua nas ruas protestando inclusive contra essa "pauta" apresentada, ou seja não engoliram esse engôdo... Parabéns pelo blog.

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  6. Lamentável isto ter acontecido. A presença de "velhas" e novas figuras políticas pertencentes ao rol de militantes e partidários vinculados aos gestores municipais se apresenta como uma infeliz possibilidade de engodo.
    Ainda assim, espero que tais aspectos não sejam empecilhos para que se possa colocar a pauta das reivindicações legítimas em primeiro lugar, tal como preceitua os princípios da Administração Pública (especialmente moralidade e publicidade), principalmente no que concerne à questão da saúde, educação e da mobilidade urbana em São Luís.
    Abraço e obrigado pela participação.

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  7. Manifestantes ligados a prefeitura. Assim não dá!

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    1. Infelizmente, essa prática do "oportunismo politico" ainda graceja desditosamente por estas paragens, Gustavo.
      Abraço e obrigado pela participação.

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Grato pela participação.