quarta-feira, 5 de junho de 2013

DEPUTADO FEDERAL CRITICA OMISSÃO DA VALE EM QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS


Por Hugo Freitas

O deputado federal Carlos Brandão (PSDB-MA) criticou a ausência da companhia VALE na Audiência Pública realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, para tratar sobre as compensações econômicas e socioambientais aos municípios afetados pelo transporte de minério na Estrada de Ferro Carajás.

Na avaliação do parlamentar, a empresa tem sido omissa e evitado a mesa de discussão para tratar sobre o assunto com os representantes dos municípios.

Os prefeitos maranhenses tinham por objetivo apresentar à VALE uma pauta de reivindicações e abrir o diálogo sobre as possíveis compensações em razão dos impactos ambientais causados pela Estrada de Carajás por onde passam os vagões da empresa. Porém, a ausência de representantes da VALE irritou os presentes.

“Não é a primeira vez que a VALE resolve omitir-se neste debate sem apresentar qualquer justificativa. Nós como parlamentares lamentamos muito essa atitude. Ainda mais por toda a riqueza que passa diariamente por esses municípios afetados pela estrada, mas que não recebem qualquer incentivo econômico e fiscal”, protestou Brandão.

Carlos Brandão defende as compensações aos municípios afetados pela exploração da VALE

O parlamentar também aproveitou a discussão para pedir apoio aos colegas na tramitação do Projeto de Lei – PL nº 6621/2006 – que tramita na Comissão de Minas e Energia da Câmara e também defende a compensação financeira aos municípios maranhenses atingidos pela exploração do minério de ferro.

“Essa proposta é de grande importância. Ela precisa ser amplamente debatida com todos os seguimentos. Caso contrário, os municípios continuarão empobrecendo vendo os vagões passar. E cidades importantes como São Luís, também afetadas, continuarão a ver navios”, destacou o parlamentar.

O projeto do deputado tucano já conta com o apoio de outros colegas de bancada, a exemplo do parlamentar Cléber Verde (PRB-MA), que foi o autor do requerimento para a realização da Audiência Pública.

Em se tratando de um assunto de tão grande importância para os municípios maranhenses, principalmente aqueles que são diretamente afetados pela atividade extrativa da VALE, a não participação da empresa em debates que englobam seu raio de ação sugere o desinteresse e o descomprometimento da VALE em minimizar os impactos provenientes de sua bilionária atividade comercial.

Uma empresa que têm lucros bilionários a cada trimestre, à custa de poluição ambiental e sofrimento às populações das cidades afetadas, minimamente deveria buscar estabelecer canais permanentes de diálogo com representantes dos municípios e da sociedade civil maranhense que padecem à míngua, enquanto os dirigentes da VALE enriquecem em escala exponencial.

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