Abandonado, o futebol do Maranhão virou caso de Justiça. O Ministério Público resolveu investigar a administração do futebol no Estado e a relação da federação estadual com a CBF.
A promotora do consumidor, Lítia Cavalcanti, desconfia dos valores das transferências de dinheiro que a entidade nacional faz para a federação de futebol do Estado.
No exercício de 2010, foi colocado de repasse de R$ 240 mil e logo em seguida, em uma página seguinte, tem o valor de R$ 320 mil. Uma diferença grande para que tenha havido um equívoco, né?
A Justiça ainda reclama da dificuldade em ter acesso aos dados. O presidente da Federação Maranhense, Alberto Ferreira, nega.
"A FMF é uma entidade de direito privado, não pública. Então se a Justiça pedir, está tudo pronto e mandarei."
Todo esse caos acaba refletindo em campo. Maior palco de jogos do Estado, o estádio Castelão não recebe nenhum evento há seis anos.
O local, que já recebeu jogos da seleção brasileira - o último em 2001 - está fechado por questões de segurança. Sem manutenção, a estrutura do estádio ficou comprometida e as obras de recuperação estão paralisadas.
Os clubes também estão em situação difícil. Um dos mais tradicionais clubes do Estado, o Moto Clube não conseguiu formar time para o segundo semestre e está inativo.
Único clube maranhense a disputar a Série D do Campeonato Brasileiro, o Sampaio Corrêa tem que mandar seus jogos em um estádio acanhado, longe do centro de São Luís ou em outras cidades.
O presidente do clube, Sérgio Frota, lamenta a situação.
"Atrapalha, logicamente, por dois aspectos: o primeiro técnico, o Sampaio é um grande time tem a maior torcida do Estado e o segundo é o financeiro, sempre que joga aqui o torcedor tem como nos apoiar e temos perspectivas de receita através da venda de ingresso. Nós temos que jogar em Bacabal e pagar para isso."
Assista à reportagem que mostra a situação escandalosa a que chegou o futebol do Maranhão.
Fonte: Portal R7
Editado por: Hugo Freitas
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