Ônibus incendiado em São Luís como retaliação à morte de detentos em Pedrinhas
Por Hugo Freitas
Em face dos últimos acontecimentos em São Luís, onde ônibus foram queimados em distintos pontos da capital em decorrência de uma tentativa frustrada de fuga de membros de facções criminosas da Penitenciária de Pedrinhas, a governadora Roseana Sarney decretou
estado de emergência no sistema prisional maranhense.
Com a medida, homens da Guarda
Nacional devem chegar neste sábado (12) a São Luís para dar proteção ao
Complexo Penitenciário de Pedrinhas e à CCPJ do Anil.
Na declaração, o Governo do Estado
prevê ainda, em um prazo de seis meses, a construção de novos presídios em
cidades do interior do Estado, além de ampliar também o número de unidades
carcerárias na capital. “Com a medida, poderão ser construídas, sem necessidade
de licitação, em caráter de urgência (prazo de 90 a 180 dias), ao menos quatro
unidades prisionais no estado”, afirmou o secretário estadual de Comunicação,
Sérgio Macêdo.
De acordo com o secretário, um dos
presídios a ser construído emergencialmente será de segurança máxima, em São
Luís, com capacidade para 150 presos. Em Imperatriz, Balsas e Codó, os novos
presídios abrigarão 600 detentos (200 em cada unidade).
O decreto de estado de emergência
também abrange a solicitação de militares da Força Nacional de Segurança que
deve atuar especificamente para reforçar a segurança dentro dos presídios.
Ao todo, foram oito ônibus incendiados por bandidos na capital
A decisão de decretar estado de
emergência foi tomada após a segunda rebelião no Complexo Penitenciário de
Pedrinhas este mês, que deixou um saldo oficial de nove mortos e vinte feridos,
além de ter sido o vetor que motivou o incêndio de oito ônibus em diversos
pontos da capital, fato que ganhou repercussão internacional e fez com que os empresários do transporte coletivo retirassem os ônibus de circulação nas noites de ontem e de hoje (confira aqui).
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