Por Hugo Freitas
Na semana passada, a Câmara Municipal
de São Luís aprovou um requerimento do vereador professor Lisboa (PCdoB) para a discussão da criação de um Museu da Memória Ludovicense.
O requerimento deverá ser encaminhado, nas próximas semanas, ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior e ao presidente da Fundação Municipal de Cultura (Func), Francisco Gonçalves, que deverão avaliar o pleito.
Explica o parlamentar comunista que a Casa de Cultura será destinada “ao resgate e à preservação da história
local, bem como dos grandes vultos de nosso passado e do acervo fotográfico, de
pinturas e de livros que tenham como tema a cidade de São Luís”.
Segundo Lisboa, existe uma
"notória carência de conhecimento da comunidade local acerca de sua
própria história, bem como dos valores representados pelos nossos antepassados
que deram, cada um a seu modo, significativa contribuição para a formação do
nosso povo e para edificação da nossa cidade, patrimônio cultural da
humanidade”.
O vereador defende que a criação do
Museu da Memória será um ponto de referência tanto para quem vive em São Luís
como para quem visita a capital, além de promover um conhecimento maior da
história da cidade, por meio das mais diversas manifestações culturais, como na
literatura, fotografia, artes plásticas, dentre outras.
Porém, em tempos de veto do prefeito de
São Luís para a criação da Secretaria de Cultura, sob a justificativa de que não há dinheiro em caixa para nutrir a instituição - mesmo não se questionando o ponto do projeto que prevê a manutenção da existência da Func (confira aqui), fica difícil acreditar que a
proposta de criação do Museu vá sair do papel realmente, ainda que seja uma boa ideia.
Apesar disso, o que a capital precisa mesmo não é
de mais prédios ou instituições de fomento à cultura, e sim que os órgãos já
existentes para esse fim funcionem plenamente, assim como as políticas públicas
voltadas para a pasta saiam de dentro dos gabinetes e das prateleiras
empoeiradas dos arquivos para tomar corpo e dar à quatrocentona cidade e à sua população uma
vivacidade maior de sua rica história.
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