Por Hugo Freitas
A primeira pesquisa de intenção de
votos referente às eleições municipais deste ano foi divulgada nesta
segunda-feira (11) pelo jornal O Estado do Maranhão. Encomendado pelo PMDB-MA e
realizado pela empresa Escutec, o levantamento trouxe um dado alarmante para o
prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
Confirmando dados de pesquisas
anteriores, Edivaldo mantém-se como líder no quesito "rejeição" entre
os principais pré-candidatos ao comando do Palácio de La Ravardière. Dos 1001 eleitores ludovicenses entrevistados, o neopedetista possui 39,3% de rejeição, seguido pelo
tucano João Castelo 23,9%.
O fato de quase 40% da população de São
Luís rejeitar o nome de Edivaldo para um segundo mandato certifica o pífio
desempenho de sua gestão no comando administrativo da capital maranhense.
O
aumento de preços nas tarifas dos ônibus (quatro aumentos em menos de 2
anos); a não concretização da abertura da "caixa-preta" do setor
de transportes, monopolizado há tempos pelos mesmos grupos empresariais; a
manutenção da circulação de ônibus velhos e sucateados colocando em risco a
vida dos usuários ao custo de uma das passagens mais caras do país; a
adoção da malfadada e já clássica política de "tapa-buracos" com
asfalto de qualidade duvidosa, que escorre para o esgoto junto com as águas das
chuvas; a mera pintura de escolas (quando há) sem reestruturação física nem de
equipamentos, muitas invadidas e saqueadas por bandidos ao longo dos últimos 4 anos; a precarização dos hospitais municipais e a falta de atenção aos centros de marcação de consultas, que geram filam enormes de doentes, crianças e idosos e uma eternidade para uma consulta médica; o abandono de programas e projetos sociais de gestões anteriores
(principalmente o programa do leite, o programa do peixe e a "domingueira" nos coletivos);
a escassez da oferta de empregos; o desperdício de milhões de reais em publicidade e propaganda; a não realização das promessas de campanha,
dentre inúmeros outros fatores, colocam Edivaldo entre os piores prefeitos que
São Luís já teve, concorrendo nesse quesito diretamente com seu antecessor
Castelo.
Vale dizer ainda que Edivaldo foi
eleito em 2012 na onda do alto índice de rejeição de Castelo, que girava em
torno de 33%, seis pontos percentuais a menos que o pedetista. Ou seja, a rejeição de Edivaldo de agora é maior do que a de Castelo de outrora.
Nesse sentido, Edivaldo tende a
ser defenestrado da cadeira de prefeito em situação pior de rejeição quando da "queda" do velho tucano. Castelo se tornou o primeiro prefeito da história política de São Luís a não ser reeleito. Edivaldo caminha para ser o segundo.
Testado no cargo, mesmo com o discurso
da "mudança" e do "novo" em contraposição ao
"continuísmo" das velhas gerações, Edivaldo está sendo reprovado pelo
povo, que alimenta o sonho de ver outras lideranças ocupando a segunda cadeira mais
poderosa do Maranhão.
Leia também:
O Fator Castelo
A Liderança de Eliziane
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Essas pesquisas servem de base para o entendimento do cenário, mas nas ruas não existe essa rejeição toda...
ResponderExcluirA população que rejeita Edivaldo é maior do que a que rejeitou Castelo, e não foi preciso ir às ruas demonstrar isso; a demonstração é nas urnas.
ExcluirOs candidatos estão tão fracos que eu prefiro deixar Edivaldo, que pelo menos está fazendo alguma coisa em parceria com o governo de Dino.
ResponderExcluirTalvez, seja essa a principal estratégia a ser usada por Edivaldo na próxima campanha: o apoio do governador. Resta saber se será suficiente para reverter a alta rejeição que ele vem mantendo desde o segundo ano de mandato.
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