O Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência (Pibid) poderá sofrer cortes no próximo ano, segundo a
diretora de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da
Educação (MEC), Irene Mauricio Cazorla.
Segundo Irene, o Pibid fica atrás do
Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor). "O
problema é recurso. Temos que trabalhar com o orçamento que a gente tem,
senão depois somos responsabilizados", disse, acrescentando que, caso os
recursos da Capes sejam cortados, "todos nós sofreremos".
O programa concede bolsas de R$ 400
mensais a alunos de licenciatura que participam de projetos em escolas de
educação básica. O programa foi citado no discurso de Mercadante na cerimônia
de transmissão de cargo. Após dizer que é preciso fazer mais com menos, o
ministro citou o Pibid como um dos programas que deverá ser revisto. Segundo
ele, atualmente o programa tem 86 mil bolsistas. Dos egressos do programa, 18%
tornam-se professores da educação básica.
A declaração do ministro gerou
preocupação com o fim do Pibid. O Fórum Nacional do Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência (Forpibid), coletou mais de 70 mil assinaturas em
defesa do programa.
O diretor de Políticas e Programas de
Graduação da Secretaria de Educação Superior do MEC, Dilvo Ilvo Ristoff, disse
que não conversou ainda com Mercadante sobre a questão, mas que o programa pode
sofrer um redesenho. "Temos que estar abertos para isso".
Atrasos
De acordo com a presidenta do Forpibid,
Alessandra Santos de Assis, os repasses às universidades para custeio do
programa estão atrasados desde o ano passado. "A segunda parcela não foi
repassada e, com isso, há a dificuldade de realização das atividades do
programa", diz. Ela também apontou a necessidade de mais concursos
públicos para professores da educação básica, para que mais bolsistas possam
exercer a profissão.
Irene Mauricio Cazorla disse que a
Capes priorizou os repasses para as bolsas dos estudantes e que o custeio está
atrasado por falta de recursos.
Orçamento
O Orçamento 2016 está atualmente na
Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, que deve votar a Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A próxima reunião da comissão está marcada
para amanhã, dia 20 de outubro. O governo tem até o dia 4 de novembro para
enviar adendos ao Projeto de Lei do Orçamento, prazo final para apresentação do
relatório preliminar.
As informações são da Agência Brasil.
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