Realizada nesta quinta-feira (22) uma Audiência Pública na Câmara Municipal de São Luís para tratar sobre o combate às drogas na capital e a escassez de políticas públicas para isso.
Com o
tema “O papel do poder público e das comunidades terapêuticas no enfrentamento
às drogas em favor dos cidadãos em vulnerabilidade sócio-econômica de São
Luís”, as discussões giraram em torno do que as instituições públicas e entidades especializadas vêm contribuindo significativamente
para o resgate de pessoas viciadas e promovendo trabalhos de ressocialização. O diagnóstico é de que há certa negligência do poder público sobre o enfrentamento a essa problemática social na capital maranhense.
São mais de 40 entidades instaladas no
município, a maioria se mantém com a ajuda de voluntários e outras instituições
e, até hoje, não receberam o devido apoio para efetuarem o registro. A
vereadora Rose Sales (PV), proponente da Audiência, criticou o que chamou de "falta de compromisso da Prefeitura de São Luís para com
esse segmento".
“Em 2013 e 2014, elaborei com as
lideranças das Comunidades Terapêuticas emendas ao orçamento do Executivo
Municipal para contribuir com o fortalecimento e a manutenção dessas
instituições, mas foram rejeitadas”, declarou Rose Sales.
Rose Sales (PV), proponente da Audiência, criticou duramente a Prefeitura de São Luís sob o comando de Edivaldo Holanda Júnior (PDT) no tocante à falta de apoio no combate às drogas
Em seguida, a vereadora elevou o tom das denúncias e criticou o que definiu como "inversão de prioridades do governo municipal, onde a área da Comunicação é mais
importante que as famílias da capital".
“É lamentável, é triste ver que a
atual gestão nunca se dispôs para de forma efetiva implantar no município a
Política Pública de Enfrentamento às Drogas e tão pouco se importa com as
comunidades terapêuticas. Só pra demonstrar, a Prefeitura destinou cerca de
mais de R$ 23 milhões para a propaganda do governo e apenas R$ 10 mil para o
Fundo de Emprego e Renda, o irrisório de R$ 76 mil para equipar a segurança
municipal e o montante vergonhoso de R$ 20 mil para os projetos de
vulnerabilidades do Conselho Anti-drogas. Isso denota total descaso e
descompromisso quando os nossos jovens morrem no interior dos bairros”, criticou a edil neoverde.
As críticas de Rose Sales são graves e contundentes. O combate às drogas precisa ser encarado com maior seriedade e efetividade pelo poder público, com o fim de se evitar a proliferação de "cracolândias" nos espaços públicos da capital maranhense.
Com a palavra, a Prefeitura de São Luís.
Só quem já teve ou tem um membro da família dependente tem noção do drama. Felizmente existem entidades de apoio, as que conheço, recebem sim o apoio do município.
ResponderExcluirPenso que junto com o repasse deva haver maior fiscalização e melhor aplicação dos recursos para que, de fato, possam contribuir para minimizar os efeitos nocivos das drogas no seio das famílias ludovicenses.
ExcluirGeralmente não é um setor que recebe muitos investimentos, mas quando se trata do repasse para entidades, cabe discussão, já vi casos em que elas prestavam um péssimo atendimento, o objetivo era apenas recolher dinheiro. Acho que o foco deve ser a educaçao e não a rehabilitação.
ResponderExcluirPenso que devam ser ações conjuntas, tanto de reabilitação quanto de prevenção.
ExcluirEsse é um dos piores males que destroem a vida de milhares de jovens e de suas famílias não só no Maranhão, mas em todo o país.