Por Hugo Freitas
A capital maranhense amanheceu sem
ônibus e sem professores nas escolas das redes municipal e estadual de ensino nesta sexta-feira (30).
A paralisação corresponde a um
movimento nacional promovido pelas Centrais Sindicais, realizado nesta data
batizada de "Dia Nacional de Luta e Paralisação", que cobram
melhorias no sistema de transporte público de todo o país e a destinação dos
royalties do petróleo para a Educação, entre outras reivindicações, como o fim das privatizações de empresas públicas.
Ônibus ainda estão parados
Depois de um dia inteiro sem nenhum
ônibus rodando em São Luís, os coletivos continuam estacionados na Av. Beira Mar. Motoristas e cobradores cruzaram os braços desde as 7h da manhã de hoje, saindo com os ônibus das garagens e se deslocando para o Centro da cidade e para a Av. Beira Mar, onde estacionaram os veículos, obrigando todos os passageiros a descerem no meio do caminho.
Prevista para terminar a partir das 15h, a paralisação dos rodoviários continua. Os coletivos permanecem estacionados ao longo da Av. Beira Mar e da rotatória das Cajazeiras, sem previsão de retorno às atividades normais.
Problemas
Por conta da paralisação dos
rodoviários, milhares de trabalhadores tiveram dificuldade para chegar aos seus
locais de trabalho. Muitos usuários, que passaram horas e horas nos pontos de ônibus esperando pelos coletivos, tiveram de recorrer ao sistema de transporte alternativo das vans, que faturaram alto. Fontes denunciaram ao blog que donos de vans estavam cobrando R$ 2,50 a R$ 3,00 pela viagem. Em dias normais, a passagem custa R$ 2,00.
Além disso, todos os alunos da rede pública municipal e
estadual ficaram sem aulas nesta sexta, tendo sido dispensados ontem (29) por
suas respectivas escolas. Os sindicatos da categoria decidiram participar da paralisação nacional cobrando melhorias na Educação pública do Maranhão (confira aqui).
Decisão judicial
Na noite dessa quinta-feira (29), a
Justiça do Trabalho havia determinado que 90% da frota de ônibus em São Luís
fosse mantida em atividade, mesmo com a mobilização nacional. A decisão foi
tomada pelo desembargador James Magno Araújo Farias, do Tribunal Regional do
Trabalho do Maranhão, imputando ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes
Rodoviários no Estado do Maranhão uma multa de R$ 10 mil por hora de paralisação,
limitada a R$ 240 mil, em caso de descumprimento da decisão judicial
Resta saber se a determinação foi
cumprida e se a Justiça maranhense vai ter coragem de punir apenas uma
categoria de trabalhadores nesse "Dia Nacional de Luta" por melhorias
no sistema de transporte coletivo e na Educação pública de todo o país.
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