Por Hugo Freitas
Pessoal preocupado com a situação dos
médicos cubanos deveria era cobrar do Governo do Maranhão e da Prefeitura de
São Luís concurso público para a área da Saúde.
Há tempos não se vê concurso nessa
área, nem na esfera estadual, muito menos na municipal, que recentemente
realizou um seletivo para contratação temporária de funcionários para trabalhar
na rede de Saúde da Prefeitura de São Luís. Nada diferente ou de
"mudança" em relação às gestões anteriores.
Mas isso tem uma explicação: a pasta da
Saúde é o maior cabide de empregos do Estado, nas duas esferas. Nenhum gestor,
seja prefeitos ou governador, quer abrir mão desse filão de "voto de
cabresto", uma vez que se troca empregos pelo voto praticamente certo de milhares
de correligionários e "lideranças comunitárias" espalhadas por todo o
território maranhense em hospitais estaduais e municipais, postos de saúde e UPAs.
Afinal de contas, quantos (e)leitores e (e)leitoras já pararam para se perguntar como foi que médicos e enfermeiras
conseguiram trabalhar nas UPAs, no hospital público estadual Carlos Macieira e
nos Socorrões sem a realização de concursos públicos na área da Saúde do Maranhão???
Se a população se sensibilizou com os
médicos cubanos que sofreram em sua chegada ao Brasil e, em particular, ao nosso estado, também deveria mostrar força, sensibilidade e cobrar dos gestores públicos a realização
de concursos públicos nessa área tão carente de profissionais qualificados, e não meramente discutir se é
"certo" ou "errado" importar médicos vindos da ilha da
família Castro.
Tanto o Governo do Maranhão quanto a Prefeitura de São Luís bem que poderiam navegar na onda do concurso para o Hospital Universitário (federal) e também realizar certames em suas respectivas esferas de atuação. Afinal, tanto o Governo do Estado quanto o Executivo da capital propagandeiam a todos os cantos serem "parceiros" do governo federal.
Muitas vezes, a imposição de uma agenda
pautada pela imprensa nacional acaba por obstruir a percepção de nossos
problemas mais emergentes, aqueles que estão bem à nossa frente, mas que não
conseguimos enxergar por pura cegueira midiática.
Mais médicos, mais concursos, melhor qualificação, mais estudo, mais e melhores hospitais e condições de trabalho, melhor valorização, melhor remuneração. E que venham cubanos, texanos, bolivianos, motenses, aqueanos...
ResponderExcluirWilliam Moraes Corrêa.
Grato pela participação, William.
ExcluirMais médicos, mais concursos, melhor qualificação, mais estudo, mais e melhores hospitais e condições de trabalho, melhor valorização, melhor remuneração. E que venham cubanos, texanos, bolivianos, motenses, aqueanos...
ResponderExcluirWilliam Moraes Corrêa.