Por Hugo Freitas
Historiador e Sociólogo
Neste primeiro artigo autoral de 2013
quero pontuar aos milhares de leitores deste humilde espaço comunicacional
aquilo que encaro como um desafio constante: o de elaborar uma escrita
resultante de uma formação acadêmica híbrida.
Pelo fato de estar embebido em três
formações, a priori um tanto quanto próximas, quer seja a História, as Ciências
Sociais e o Jornalismo (o que justifica uma produção escrita calcada na
qualidade e não na quantidade, principalmente pela escassez de tempo), pesa sob
a cabeça deste vosso interlocutor, prezad@ leit@r, a inquietude de construir um
texto despido do academicismo polido.
Aliás, tal tentativa não teria sua
razão de ser, uma vez que somos a extensão daquilo o que lemos e aprendemos.
Contudo, para o público leigo, explico que existem significativas diferenças
entre os três campos de conhecimento supracitados.
Enquanto o Jornalismo molda seus alunos
a serem fidedignos às fontes, em busca de uma tão sonhada “verdade dos fatos”,
a História impulsiona seus pesquisadores a desbravarem e, mesmo, a questionarem
as múltiplas fontes e as formas como os “fatos” são construídos, de modo a pôr
em relevo as tramas que perpassam seus conteúdos históricos.
Já a Sociologia, como sub-campo das
Ciências Sociais, fornece os rigorosos subsídios conceituais e metodológicos
necessários para se descobrir os poderes sociais que fazem com que uma fonte
seja elencada como “fonte”, focando não necessariamente aquilo o que é dito ou
escrito pelos agentes, mas a posição relacional que cada personagem possui,
possibilitando-lhe dizer o que diz e escrever o que escreve.
É enredado nesta trama, propiciada por
esse tripé acadêmico, que produzo os textos contidos e veiculados neste blog. O
leitor atento já deve ter percebido que aqui não existe apenas a “notícia”,
conforme preceituam os manuais jornalísticos e as referências pedagógicas como
Nilson Lage.
Muito menos há neste espaço escritos
que contemplem apenas a História pela história ou a Sociologia pelas Ciências
Sociais. Nada disso.
Busco retirar de cada área aquilo o que
é necessário para a edificação de textos analíticos, críticos e reflexivos, que contemplem
informações de agora e de outrora relevantes ao mundo social, sob o olhar
perscrutador de quem se posiciona sempre ao lado do povo, tendo no historiador
João Lisboa, “o Timon Maranhense”, e no sociólogo francês Pierre Bourdieu
minhas maiores referências.
O enfoque sobre o mundo da política aparece bastante nutrido por esse perfil estilístico. O trato do movimento dos agentes na esfera político-partidária, por exemplo, esmera-se numa abordagem analítica que privilegia os ganhos de cada ação, de cada jogada, como num tabuleiro de xadrez, e muitas vezes apresenta-se de forma desnuda de "ideologia", nos termos gramscianos, perante os olhos daqueles mais virulentos e sedentos por ler apenas aquilo o que lhes massageia o ego.
Por vezes, tento ainda aliar a essa tripla rede de conhecimentos a paixão que nutro pelas artes, em especial a literatura, donde tenho em Machado de Assis o mestre-mor da escrita por excelência, cujas obras me veem à mão como alimento da alma.
O enfoque sobre o mundo da política aparece bastante nutrido por esse perfil estilístico. O trato do movimento dos agentes na esfera político-partidária, por exemplo, esmera-se numa abordagem analítica que privilegia os ganhos de cada ação, de cada jogada, como num tabuleiro de xadrez, e muitas vezes apresenta-se de forma desnuda de "ideologia", nos termos gramscianos, perante os olhos daqueles mais virulentos e sedentos por ler apenas aquilo o que lhes massageia o ego.
Por vezes, tento ainda aliar a essa tripla rede de conhecimentos a paixão que nutro pelas artes, em especial a literatura, donde tenho em Machado de Assis o mestre-mor da escrita por excelência, cujas obras me veem à mão como alimento da alma.
Se estou sendo feliz no alcance destes
propósitos, cabe única e exclusivamente a você, leit@r, produzir seu veredicto,
dialogando conosco, comentando os textos, enviando-nos sugestões e, assim,
contribuindo para o aprimoramento deste espaço, rumo a dias melhores em nosso
querido, amado e sofrido Maranhão.
Calcado na explicitação destes
pormenores, amplamente significativos para a leitura dos escritos aqui
contidos, espero ter dirimido algumas das prováveis dúvidas surgidas ao longo
desses mais de dois anos de blogosfera, particularmente no tocante ao formato, estilo e
conteúdo dos textos do Blog do Hugo Freitas.
No mais, aproveito o ensejo para
desejar a você, fiel acompanhante destas mal traçadas linhas, um Feliz 2013,
repleto de Saúde, Paz, Amor e Prosperidade!!!
E vamos à luta!!!
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