Por Hugo Freitas
Tomou posse hoje o novo prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC). Ele comandará a capital maranhense pelos próximos quatro anos.
Diante do enorme público que lotou o
auditório da Fiema no início desta noite de 1º de janeiro de 2013, e num tom que não é costumeiro no processo de passagem de faixa no Executivo, Edivaldo criticou veementemente a gestão do agora ex-prefeito João Castelo
(PSDB). "Nós sabemos que estamos pegando uma cidade
com cenário de terra arrasada, totalmente quebrada pela gestão irresponsável do
prefeito que está saindo agora e com um débito de R$ 500 milhões", afirmou.
Edivaldo chamou de
"anti-democrática" a falta de pagamento dos salários de dezembro dos
servidores públicos municipais por parte da administração tucana e disse que
São Luís está abandonada. "Infelizmente, a informação que temos é que o
atual gestor não pagou a folha de pagamento dos funcionários no mês de dezembro
porque priorizou o pagamento de alguns fornecedores, uma decisão
anti-democrática. Infelizmente, este é o retrato da administração do gestor que
está saindo. A cidade está em estado de abandono", lamentou.
O novo prefeito da capital foi político
ao avaliar positivamente a "intervenção" do Governo do Estado na
Saúde municipal, sinalizando para uma provável manutenção da aliança entre
Governo e Prefeitura costurada nos últimos dias da gestão castelista. "Foi
necessária a intervenção providencial do Estado. E, aqui, quero agradecer a
governadora. Ações como essa serão bem-vindas. Da minha parte, não haverá
barreira política", avisou.
Uma análise sobre a aliança entre
Estado e Município você pode acompanhar clicando aqui.
Por fim, de tudo aquilo que se pode filtrar de um discurso de posse, observando-se que este teve um tom mais duro devido principalmente ao fato da coligação de Castelo ter ingressado na Justiça pedindo a cassação do mandato do novo prefeito, Edivaldo atribuiu à corrupção
a falta de medicamentos e alimentos nos socorrões, afirmando que em sua gestão
essa prática será tratada como crime hediondo. "A
corrupção será vista como crime hediondo. Tolerância zero para ela. É por causa
da corrupção que não há remédios nem comida nos Socorrões", advertiu.
Contudo, para governar bem a cidade, Edivaldo terá que contornar, junto com seu secretariado, a derrota sofrida por seu grupo na eleição para a presidência da Câmara Municipal (acompanhe aqui).
Mais uma prova clara de como é Castelo.
ResponderExcluirLembrando também, assim como foi falado na matéria, que Edivaldo terá um grande trabalho pela frente. Primeiro re-organizar tudo e depois partir para melhoria aqui e ali.
Torço para a gestão dele ser boa, não por mim, mas pela nossa cidade.
É torcer e fiscalizar.
ExcluirGrato pela participação, Thiago.