"Nossas crianças não estão aprendendo o básico, isto é, a ler e escrever e, tampouco, a realizar operações matemáticas", denunciou Wellington sobre a rede pública de ensino de Grajaú
O vice-presidente da Comissão de
Educação da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Wellington do Curso
(PPS), denunciou o descaso
com a Educação no município de Grajaú.
Ao fundamentar a denúncia, o
parlamentar fez referência a levantamentos feitos por uma liderança política do
município e destacou dados que demonstram o nível de responsabilidade da gestão
municipal para com aquilo que, segundo o deputado, deve ser prioridade em uma
sociedade: a educação.
"Analisando os dados, percebemos a
ínfima atenção que tem sido destinada à Educação em Grajaú. Identificamos,
através de tal pesquisa, que nossas crianças não estão aprendendo o básico,
isto é, a ler e escrever e, tampouco, a realizar operações matemáticas. Tal
realidade implica naquilo que podemos chamar de 'distorção idade-série', já que
como os alunos não estão aptos, acabam reprovando. Não podemos tratar a
educação como apenas mais um segmento, pois estamos lidando com vidas e
futuros", ressaltou.
COMO ESTÁ A EDUCAÇÃO EM GRAJAÚ?
Segundo levantamentos embasados em
dados do MEC, Grajaú ainda soletra quando o assunto é Educação.
No resultado da última "Prova
Brasil", somente 12% dos alunos do 5o. ano aprenderam o adequado na
competência de leitura e interpretação. No 9o. ano, apenas 7%; Em matemática,
apenas 7% dos alunos do 5o. ano aprenderam o adequado na competência de resolução
de problemas. Para o 9o. ano, apenas 2%.
Distorção "idade-série":
Como consequência dos números
anteriores, há um perceptível atraso escolar. Do 6o. Ao 9o. ano, os índices de
atraso variam entre 38% a 48%, isto é, há o percentual de alunos com 2 ou mais
anos de atraso escolar.
Na Zona Rural e nas áreas indígenas, em
17 escolas, 50% ou mais dos alunos estão com 2 anos ou mais de atraso. Em 08
escolas, 100% dos alunos estão atrasados.
"De acordo com o Portal
Transparência, Grajaú recebeu em 2014 47.338.994,37 reais. Ante isso, eis a
dúvida: em quê tais recursos foram aplicados? Acaso a educação deve estar em
último plano? Enquanto tais respostas não aparecem, as crianças continuam
lutando para terem acesso ao que é constitucionalmente assegurado: a
educação", completou o deputado Wellington.
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