Neil Armstrong sofria de complicações no coração e não resistiu a uma cirurgia no órgão
O astronauta e primeiro
homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu neste fim de semana após realizar
uma delicada cirurgia em seu coração. O comandante da missão Apollo 11, de 82
anos, sofria com o bloqueio de quatro artérias no coração e não sobreviveu às
complicações da operação no órgão vital.
Após o procedimento, realizado no dia 7
de agosto, Armstrong parecia se recuperar bem, segundo conhecidos e familiares.
Gene Cernan, o último homem a ir na Lua, em 1972, disse à mídia americana que o
amigo passava bem e que os médicos não esperavam problemas na recuperação do
astronauta.
Armstrong foi o primeiro homem a pisar
no solo lunar, em 20 de julho de 1969. Na missão, realizada pela Nasa, ele
disse a frase, que entraria para a História: "Este é um pequeno passo para o
homem, mas um grande salto para a humanidade".
O pulso do astronauta estava acelerado
em 150 batimentos por minuto enquanto guiava o módulo lunar até a superfície do
astro, segundo a Nasa. Na missão, uma cratera – a 48 quilômetros do local de
aterrissagem da Apollo 11 – foi batizada em homenagem a Armstrong. Mais de 500
milhões de pessoas assistiram cada instante da chegada da Apollo 11 à Lua.
Antes de fazer parte da Nasa, o
americano serviu à Marinha e foi combatente na Guerra da Coreia (1950-1953).
Nascido em Wapakoneta, no estado de Ohio, ele estudou engenharia aeroespacial,
mas entrou para o serviço militar em 1949. Após a guerra, ele retornou aos EUA
e começou a trabalhar como piloto de testes de fabricantes de aeronaves.
Em 1962, a Nasa abriu inscrições para
um novo grupo de astronautas e Armstrong logo preencheu o formulário e os
requisitos da agência. Em 1966, ele comandou a missão Gemini VII, que realizou
a primeira acoplagem em órbita entre naves, mas quase acabou em desastre, após
um defeito mecânico em uma das aeronaves.
Depois da missão Apollo 11, Armstrong
pegou um trabalho de escritório na Nasa, tornando-se vice-administrador-adjunto
para a Aeronáutica na agência de pesquisa avançada e tecnologia. Um ano mais
tarde, em 1970, ele virou professor de engenharia na Universidade de
Cincinnati, deixando seu cargo na Nasa.
Até os dias finais de sua vida, ele
morou em uma fazenda em Cincinnati, no estado de Ohio. Em uma de suas últimas
aparições públicas, em Novembro de 2011, ele ganhou uma medalha de ouro dada
pelo Congresso dos EUA, juntamente com os colegas da missão de 1969, Buzz
Aldrin e Michael Collins.
Um homem reservado
Um homem reservado
Conhecido por ser um homem tímido e
discreto, Neil Armstrong evitava aparições públicas e não gostava de chamar a
atenção da mídia. Em 2005, ele ficou aborrecido ao saber que seu barbeiro havia
vendido fios de seu cabelo para um colecionador por US$ 3 mil. O homem que
comprou os fios não quis devolvê-los, dizendo que ele os havia acrescentado a
sua coleção que incluía cachos de Abraham Lincoln, Napoleão, Marilyn Monroe,
Albert Einstein e outros.
Apesar de sua natureza reservada,
Armstrong certa vez fez um comercial para a fabricante de carros Chrysler. Ele
disse ter feito o anúncio por causa da história de engenharia da Chrysler e
porque queria ajudar a empresa, que estava com problemas financeiros.
Desde a infância, o sonho de voar
Neil Armstrong nasceu em Ohio, em 5 de
agosto de 1930. Ele voou pela primeira vez quando tinha seis anos, ao lado do
pai. Aos 16, já pilotava aviões antes de dirigir carros e tinha como herói o
aviador americano Charles Lindbergh.
Ele recebeu diversas condecorações por
comandar caças da Marinha americana na Guerra da Coreia, o que chamou a atenção
dos agentes da Nasa. Ele foi recrutado como membro do Grupo dos Nove, a elite
da agência, usada para testar a tecnologia contra as limitações da natureza.
Apesar das grandes habilidades de seus
companheiros, seu empenho e paixão o levaram ao comando da Apollo 11, que
realizou a promessa de John Kennedy de colocar o homem na Lua antes do fim da
década de 60.
Fonte: O Globo
Editado por: Hugo Freitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grato pela participação.