Em entrevista à jornalista Alice Pires, do jornal Vias de Fato, Nuhu Ayuba, de origem africana, estudante do curso de Engenharia Química da UFMA, confirmou que foi vítima de racismo praticado pelo professor Cloves Saraiva, da disciplina Cálculo Vetorial.
Na entrevista, Nuhu Ayuba confirmou que o professor o vem humilhando com palavras de baixo-calão e sempre fazendo piadas sobre a sua origem. “Ele já me disse palavras que não ouso nem repetir. Sempre que estou em sala de aula, pergunta com ar de deboche com quantas onças eu já briguei na vida e que meu lugar não é aqui, mas na Africa”.
O estudante africano disse ainda que, após se sentir humilhado pelas pilhérias do professor, chamou a coordenadora do curso de Engenharia Química e comunicou o caso. “Ela recomendou que eu trocasse de turma”.
O universitário conta que as humilhações começaram há duas semanas. “Fiz uma prova e tirei nota baixa, apenas a minha nota foi lida para toda a turma. Na segunda chamada dessa prova, ele se recusou a corrigir o meu teste e disse que não me chamava para brigar por que ele era civilizado, diferente de mim que não era”.
Filho de uma família de três irmãos, Nuhu disse que cursava Química Industrial na África. A mudança para uma universidade brasileira foi motivada pela vinda de amigos que já cursavam faculdades aqui no Brasil. “Sou uma pessoa pacífica, nunca tinha passado por esse tipo de humilhação antes, aqui, na UFMA, foi a primeira vez”.
Abalado pelas palavras ofensivas do professor, o universitário contou que até o momento, nenhum representante da reitoria da UFMA se pronunciou sobre o caso. “Apenas minha coordenadora e meus colegas me deram apoio. O professor continua dando aula como se nada tivesse acontecido”.
O advogado Nonnato Massom informou que está cuidando do caso e que já tomou as devidas providências, pedindo inclusive a instauração de um processo administrativo na Universidade. “Já protocolei uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF), pedindo que se determine a instauração de um processo administrativo na UFMA, com vistas à demissão do professor (com afastamento preventivo) e instaurado inquérito policial na Polícia Federal", disse Massom.
Fonte: Vias de Fato
Vergonha, isso sim. Queria deixar registrado que na organização não governamental em que trabalho, GACC-MA, tem um estudante também angolano, chamado Kilala, que tem contribuído muito nas ações do projeto social Picadeiro da Cidadania, voltado pra crianças e adolescentes, na Cidade Olímpica. Essa participação, experiência e troca tem sido tão importante, que nos choca ao ver outro estudantes sendo discriminado.
ResponderExcluirLAMENTÁVEL TUDO ISSO, COMPANHEIRO, AINDA MAIS EM SE TRATANDO DE UM PROFESSOR UNIVERSITÁRIO.
ResponderExcluirVEJA SÓ O TIPO DE PESSOA QUE ANDA MINISTRANDO AULAS POR AÍ E CONTRIBUINDO PARA A (DE)"FORMAÇÃO" DE ALUNOS E CIDADÃOS.
GRATO PELA PARTICIPAÇÃO. ABRAÇOS FRATERNOS.
HUGO FREITAS
Quando q isso vai paraaa???? Essa é a pergunta!!!
ResponderExcluircomo eu consigo conversar com o aluno? gostaria de saber... meu e-mail é jc_yupe@hotmail.com .. faço parte de um grupo de assessoria jurídica popular q faz videos e imagens e produz pequenos documentários que mostram o q ocorro e queria conversar com o rapaz pra saber as impressões dele... fazer um pequeno vídeo e postar no youtube e em outros compartilhadores de vídeo
ResponderExcluirNão e a primeira vez que isso acontece com as turmas de engenharia quimica onde este pseudo professor trata os alunos de forma criminosa;Não será e primeira nem a ultima vez que isso ocorrerá nesta instituição.
ResponderExcluirE eu que estou entrando na UFMA, pois um ENEM (cota)"bela" recepção, tem mais que expor este "CIDADÃO".
ResponderExcluirEspero, sinceramente, que esta situação se resolva para que outros alunos não passem por esse mesmo contrangimento que Nuhu está passando. Caso contrário, eu, que sempre me orgulhei de ter estudado na Universidade Federal do Maranhão, me envergonharei de tal fato.
ResponderExcluirA Universidade não pode permitir que isto fique sem punição. Uma vez que ela sempre prega a Inclusão Social, deve prestar contas à sociedade em geral, inclusive não permitindo que seus alunos sejam excluido de tal forma.
É mto importante que a comunidade acadêmica, que tanto é incitada a refletir e lutar pelos seus ideais, possa se posicionar diante de tal fato.
Isso é um verdadeiro ABSURDO, tenho muitos amigos africanos e fiquei chocado com essa situação. Esse pessoal que vem ao nosso País, precisando de um ombro amigo pra sanar as dificuldades (saudades da família,etc.) e se deparar com esse tipo de Professor Universitário que deveria ser esclarecido. E ainda, que formação seus alunos estão tendo?...
ResponderExcluirProf. de Matemática - Ilton
Campina Grande-PB
Entendo ele, sou uma estudante da UNICEUMA (sou da Russia, Moscou) ARQ E URB , só q no meu caso humilhação vem dos alunos da minha turma, AMANHA VOU FALAR COM COORDENAÇAO
ExcluirABSURDO!!!Isso é pq a universidade caminha p a tal modernidade hein. O princípio da educação e respeito que deveria ser considerado e praticado a partir de todos e principalmente de professores, passou longe...
ResponderExcluirDeixo registrado minha indignação como aluna tb da ufma com essas posturas e comportamentos racistas e ridiculo.
Conheço o professor em questão e se tem um nesta universidade que preza pela FORMAÇÃO dos seus alunos é o professor Saraiva com livros, materiais didáticos, eventos para levantar o nome da Matemática maranhense.É contraditório isso.
ResponderExcluirMeu caro Hugo, para falar a verdade, há de se desconfiar da capacidade e profissionalismo de diversos outros professores dentro daquela universidade. Tal instituição só não é levada mais a sério por conta dos "enrolões" que após conseguir sua aprovação em concurso (que desconfio também de sua validade) encostam suas bundas em suas salas, e agem como se estivessem no banheiro de suas casas. Desculpe a "anonimosidade", mas conheço também o revanchismo daquelas criaturas vis.
ResponderExcluirGrande abraço, e parabéns pelo blog.
Como já disse me outros locais! Tem que ir em "cana"! Tem que se formalizar uma denúncia na PF! Divulgar em todos os blogs até chegar na grande mídia! Exigir uma punição severa e uma retratação pública.
ResponderExcluirseria isso um caso de xenofobia?
ResponderExcluirO mais revoltante é que a UFMA não se pronuncia a respeito nem em Defesa do aluno nem em defesa do professor prefere se omitir!!! Até quando vão ficar nesse silêncio??? A realidade da UFMA ta mudando com as cotas e os programas de intercambio mais a mentalidade que deveria ser diferente esta regredindo enfim é preciso muitos debates e medidas para que se acompanhe todas essas mudanças.
ResponderExcluirRETRATAÇÃO PÚBLICA
ResponderExcluirJosé Cloves Verde Saraiva, professor associado III da UFMA, vem mui respeitosamente pedir desculpas públicas a interpretação, certamente, dúbia do aluno nigeriano NUHU AYUBA, que durante as aulas de Cálculo Vetorial, no curso de Engenharia Química da UFMA, sentiu-se ofendido, e vem esclarecer este engano nos três itens seguintes:
1. Ao perguntar o seu nome não houve qualquer sentido jocoso, visto que sua pronúncia no seu idioma induz isto no nosso e que foi esclarecida por ele mesmo como o equivalente deste a NOÉ JOSUÉ.
2. Em conversa particular, referir-me ao Prêmio Nobel Nigeriano W. Soyinka sobre a frase “UM TIGRE NÃO DEFINE TIGRITUDE. UM TIGRE SALTA!” Quando me referi aos LEÕES AFRICANOS, que nas dificuldades de todo estrangeiro para o entendimento subjetivo de acusações preconceituais, esta não induz isso, pois sou também de cor Parda, assim como os meus familiares, e durante toda minha existência jamais proferiria tal insulto, principalmente para aluno.
3. Já referir-me em classe que “ser universitário é muita responsabilidade” e é costume dos alunos novatos (calouros) usarem as dependências da Universidade para outros fins fora do contexto educacional. Reclamei a você e aos outros colegas que não compareciam as aulas, nem fizeram os exercícios e, principalmente você, não compareceu ao PRÉ-TESTE e nem fez a sua 1ª Avaliação, além disso, não fez o PRÉ-TESTE da 2ª Avaliação, nem as suas notas de aula no caderno desta disciplina foram escritas e apresentadas até hoje. É lamentável! Faço o meu dever de professor cobrando o bom entendimento da disciplina, tendo formado excelentes alunos durante todo esse tempo, veja que a maioria dos seus colegas de classe cumpriram seus deveres e a turma passada não teve problemas deste tipo. Embora sabendo que você tem suas dificuldades naturais, como qualquer estrangeiro, deveria pelo menos se explicar, evitando interpretações errôneas sobre o seu atual comportamento como estudante da UFMA.
Firmo-me nestes termos públicos e receptivo a quaisquer outros esclarecimentos.
Será um absurdo se este professor não receber nehuma punição, o afastamento dele ainda é pouco, diante do que foi feito. Como pode, uma pessoa que estudou muito para chegar onde está, para ser "talvez um bom educador" e agir como um ignorante, praticando o racismo em sala de aula? A seleção de professores para escolas e universidades deveria ser mais rigorosa, para que não fosse cometido um erro como esse: de contratar um educador que ao invés de se preocupar com suas metodologias e didáticas a serem aplicadas em sala de aula esta praticando racismo. É muito lamentável mesmo e vergonhoso.
ResponderExcluirCom certeza, companheiro, um ABSURDO se nada for feito em relação a este caso, com o agravante de se tratar de um PROFESSOR UNIVERSITÁRIO!!!
ResponderExcluirVamos cobrar soluções a aguardar respostas das autoridades competentes.
Grato pela participação. Abraços fraternos.
Hugo Freitas
é uma vergonha o que esta acontendo nesta universidade, já nao basta as dificuldade q passamos.
ResponderExcluirAcho um absurdo um estrangeiro ser mal tratado aqui no Brasil ou em outro país principalmente por um professor formador de opiniões... sua posição de educador tem ser reavaliada e urgente pra que a educação não fique pior do que já estar.
ResponderExcluirCom certeza, companheiros.
ResponderExcluirApuração e punição, JÁ!!!
Abraços fraternos.
Hugo Freitas
Não se preocupem, companheiros "anônimos".
ResponderExcluirSei o quão delicado é "mostrar o rosto" num caso como esse. Apenas os seus relatos são suficientes para compreendermos que tal atitude é inaceitável, ainda mais em se tratando de um professor universitário.
Abraços fraternos a todos. Grato pela participação.
Hugo Freitas
Respeitamos o contraditório, Cláudia. Comentário publicado.
ResponderExcluirGrato pela participação. Abraços fraternos.
Hugo Freitas
Pessoal, a todos que participaram com seus comentários, elogios, críticas e sugestões, meu MUITO OBRIGADO!!!
ResponderExcluirRealizar um trabalho como este não é fácil, ainda mais em se tratando de um fato tão delicado envolvendo um professor universitário. Requer bastante tempo para levantamento das informações, redação dos textos, publicação e respostas aos inúmeros comentários.
Mas, mesmo diante de tais dificuldades, que se agravam com a minha atual falta de tempo livre, o que se exemplifica pela demora na publicação destes comentários, reitero minha enorme satisfação em contribuir para a democratização das informações através desta maravilhosa ferramenta comunicacional.
Os elogios colhidos, bem como as críticas e sugestões feitas por vcs são fundamentais para o aprimoramento e continuidade deste espaço.
Perdõem-me aqueles a quem não me referi especificamente. Devido à grande soma de participações que o assunto suscitou, limitei-me a tecer comentários mais gerais, mas publicando todos os que foram redigidos com educação e respeito aos demais leitores, levando em consideração o contraditório como elemento fomentador do debate salutar e profícuo.
Mais uma vez, MUITO OBRIGADO A TODOS VCS!!!
Abraços fraternos.
Hugo Freitas
Eu estudo letras na unicid, mas já fui aluna da educafro e acho esse papo de racicmo muito antiquado, pelas pessoas brasileiras sou considerada índia ou morena mas na verdade sou mesmo é negra com muito orgulho, pois sou filha de pai branco e mãe negra adoro a minha raça,resumindo tudo acho sinceramente que quando alguns prfs. veem um aluno negro fazendo faculdade não é normal,poriso este professor racista tem que ser punido
ResponderExcluirGrato pela participação. Abraços fraternos.
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