Nenhum ônibus deve sair das garagens a partir da meia-noite desta quarta-feira (11)
Por Hugo Freitas
Não adiantou a reunião realizada na
tarde de ontem (09) entre o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior
(PTC), e os trabalhadores e empresários do setor de transporte coletivo da
capital. ESTÁ CONFIRMADA A PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS PARA ESTA QUARTA-FEIRA (11) EM SÃO LUÍS.
O presidente do Sindicato dos
Rodoviários, Dorival Silva, confirmou, na manhã de hoje (10) a paralisação da
categoria para amanhã (11). O motivo seria o descumprimento no acordo
trabalhista, feito na última greve da categoria, ocorrida no mês de julho.
“Fechamos a negociação em maio e foi firmado um acordo no Ministério do
Trabalho. O que acontece é que os empresários não querem pagar o reajuste do
mês agosto. Esse reajuste nós já estávamos recebendo. Eles têm que cumprir a
lei”, declarou o presidente a um site de notícias da capital.
Ainda segundo Dorival Silva, o reajuste
corresponde a um aumento de 10,3% para motoristas, 11,8% para cobradores e
11,88% para fiscais. Os valores correspondentes ao mês de agosto não seriam
repassados à categoria pelo Sindicato das Empresas de Transporte (SET), devido
ao não cumprimento de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com a
Prefeitura de São Luís.
Ônibus nas garagens
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, os coletivos não deverão sair das garagens. “A paralisação começa à meia-noite. Não vamos admitir isso. A categoria está convocada. Não temos como ficar trabalhando sem receber. A intenção é que nenhum ônibus saia das garagens”, sentenciou Dorival.
Problemas
Com o indicativo de greve, a população de São Luís deverá, mais uma vez, sofrer com problemas de locomoção urbana na cidade, ficando refém dos abusos cometidos por motoristas de vans e mototaxistas, que aproveitam a falta de ônibus na capital para cobrar alto pelo transporte alternativo.
Sem sucesso
Nesta segunda-feira (9), o prefeito
Edivaldo havia se reunido com representantes das duas categorias, ocasião na
qual afirmou: “Graças a Deus, chegamos a um bom nível de entendimento e creio
que não haverá paralisação”.
Reunião não passou de promessas não cumpridas
Parece que o sucesso do prefeito de São
Luís não vai além de seu discurso solto no ar, veiculado por sua milionária máquina
de propaganda midiático-demagógica estruturada em torno da Secretaria Municipal de Comunicação, gerenciada pelo assessor político de Flávio Dino (PCdoB), o também comunista Márcio Jerry.
População enfurecida depreda ônibus em São Luís em resposta à paralisação repentina que deixou milhares de passageiros a pé na última sexta-feira (06)
Com efeito, Edivaldo enfrenta uma verdadeira "crise" no sistema de transporte coletivo da capital. Após uma paralisação repentina (sem aviso prévio) dos ônibus na última sexta-feira (06), que pegou todo mundo de surpresa, o que deixou milhares de passageiros a pé e alguns enfurecidos a ponto de partirem para a depredação dos coletivos (conforme foto acima), o prefeito viu-se obrigado a retirar do comando da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) a inoperante Fabíola Aguiar. Ela alegou falta de "compatibilidade de horários" entre a academia (Fabíola é professa do curso de Arquitetura da UEMA) e as atividades da pasta para dar conta do trânsito na capital.
Sai Fabíola Aguiar, entra Carlos Rogério, e o caos no trânsito e nos transportes permanece
Para o lugar de Fabíola Aguiar (à direita na foto acima), Edivaldo colocou o engenheiro Carlos Rogério Silva Araújo (à esquerda na foto), secretário de Obras e Serviços Públicos nas gestões dos prefeitos Jackson Lago e Tadeu Palácio. Esta é a terceira mudança no comando da SMTT - pasta responsável pelo trânsito e o setor de transportes em São Luís - em apenas nove meses de mandato do prefeito Edivaldo.
Isso denota a falta de planejamento, de organização, de políticas públicas concretas e de projetos viáveis e efetivos do prefeito Edivaldo e sua equipe para solucionar os graves problemas socioeconômicos de uma cidade como São Luís, cuja população tem de enfrentar diariamente, além dos baixos salários e os altos índices de sub-emprego, o caótico e sobrecarregado trânsito e a precariedade do sistema de transporte coletivo na capital.
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