O PSOL protocolou representação contra os deputados Pedro Novais (ex-ministro do Turismo, deputado ainda licenciado) e Francisco Escórcio, ambos do PMDB-MA, na presidência da Câmara.
O partido pede que a Corregedoria da Casa investigue as denúncias de vantagens indevidas envolvendo os dois parlamentares.
Reportagens da Folha publicadas esta semana mostraram que a mulher de Novais utilizava como motorista particular, indevidamente, um servidor contratado pelo gabinete de Escórcio.
Além disso, Novais usou dinheiro público para pagar, por 7 anos, a governanta de seu apartamento. Na esteira das denúncias, Novais deixou o cargo de ministro.
"Fiquei pasmo com a cara de paisagem que muitos parlamentares e lideranças estão fazendo. O que inviabilizou Novais como ministro deve ser questionado no âmbito legislativo", disse o líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ).
Alencar afirmou que, no primeiro momento, vai esperar a avaliação da Corregedoria. Se nada for feito, promete buscar o Conselho de Ética da Câmara.
A Secretaria-Geral da Mesa informou ainda não ter recebido a representação, apresentada no protocolo da presidência da Casa.
OUTRO LADO
"O jogo nosso é duro, pesado. Não sou babá de funcionário", disse Escórcio (PMDB-MA), sobre o servidor contratado de seu gabinete.
Segundo o deputado, seu chefe de gabinete mantinha um rodízio entre seus funcionários, que podem trabalhar até tarde e sem receber hora extra.
"Aqueles que são contratados nos nossos gabinetes, às vezes, não têm 13º, não têm férias, não têm nada, nem Fundo de Garantia, e vão com uma mão na frente e outra atrás. Por que nós exigimos o cumprimento da lei lá fora e não fazemos cumprir a lei aqui dentro?", disse em fala no plenário.
"Eu não estava em Brasília, fomos tratar de assuntos partidários. Eles vão ficar passeando? Nós fazemos uma compensação", completou o deputado mais tarde. "No momento em que sai, está liberado para fazer o que quiser."
Fonte: Portal UOL
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