Helicópteros são o principal meio de transporte dos militares devido à extensão do território. Foto: Ministério da Defesa
Divisa do Brasil com Uruguai, Argentina e Paraguai é monitorada por dez mil militares, apoiados por aviação.
A Operação Ágata 2 começou, na última sexta-feira (16), com uma série de ações de patrulha para combater o crime nos 3,5 mil quilômetros de fronteira do Brasil com o Uruguai, Argentina e Paraguai, como parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF). Com o uso de 30 aeronaves, entre caças, helicópteros e aeronave pilotada a distância (Vant), da Força Aérea Brasileira (FAB), dez mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica instalaram postos de controle e fiscalização em locais escolhidos pela inteligência.
Para defender o espaço aéreo contra voos ilícitos, durante a Operação Ágata 2 a FAB mantém aviões de caça F-5EM e A-29 Super Tucano nas cidades de Dourados (MS) e Maringá (PR), próximas à fronteira com o Paraguai, além das Bases Aéreas de Canoas (RS) e Campo Grande (MS). Nessa missão também é empregada a rede de radares do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2), de Curitiba (PR).
Plano de fronteiras - Assim como a Ágata 1, ocorrida em agosto na Amazônia, a nova operação faz parte das ações do Plano Estratégico de Fronteira, instituído por decreto presidencial com a previsão de estabelecer uma coordenação conjunta e consensual para atuar nas áreas limítrofes do País.
A Ágata 2 integra equipes do Exército, Marinha e Aeronáutica, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), das polícias Civil e Militar do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, da Receita Federal, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Cerca de 11 milhões de brasileiros vivem nos 710 municípios da faixa de fronteira. Dos 16 mil quilômetros da linha limítrofe, 9,5 mil são permeados por rios que nascem nos países vizinhos e descem em direção ao território nacional, servindo como rotas de atuação do crime organizado. Para enfrentar o problema, os ministérios da Defesa e da Justiça definiram 34 pontos de vulnerabilidade, que serão cobertos pelas Forças Armadas em sucessivas edições da Operação Ágata.
O Plano Estratégico de Fronteiras também tornou permanente a Operação Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça desde 2010. Também serão instalados gabinetes de gestão integrada de fronteira (GGIF) nos dez estados brasileiros que fazem divisa com outros países. Corumbá (MS) e Foz do Iguaçu (PR) já possuem essas unidades que integram e articulam o trabalho dos órgãos de segurança pública federais, estaduais e municipais.
Fonte: Secom da Presidência da República
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