Em Assembleia, professores decidiram pelo fim da greve. O reinício das aulas está previsto para a próxima terça-feira (09).
Por Hugo Freitas
Depois de 106 dias, chegou ao fim a greve dos professores
da rede municipal de ensino de São Luís. A decisão foi tomada na noite desta
quinta-feira (04), após Assembleia da categoria que deliberou pelo fim do
movimento. A greve começou no dia 22 de maio.
A assembleia dos professores, que teve início às
17h e só terminou por volta das 21h, contou com a presença de representantes da União Nacional dos Estudantes
(UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e com alunos das
escolas públicas municipais.
O prof. Antonisio
Furtado, do Comando de Greve, fez a leitura da minuta do Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC), elaborado pelo Ministério Público, em que constam todos os
termos negociados entre o SindEducação e a Secretaria Municipal de Educação
(SEMED).
Dentre eles, o reajuste salarial
complementar de 2,9%, a concessão dos direitos estatutários em 2015, a execução
das aposentadorias em outubro de 2014 e a formação de comissões para
fiscalização das escolas e reestruturação do Estatuto do Magistério.
Após longa reunião, os professores
decidiram aceitar a assinatura do TAC como condição para suspensão da greve e
desocupação da Prefeitura.
A decisão pelo fim da greve dos professores foi tomada à noite, após realização de longa Assembleia
RETORNO DAS AULAS
O assessor jurídico do SindEducação,
Antonio Carlos Araújo, informou que o retorno dos professores às escolas
se dará a partir da próxima terça-feira (09), após o feriado de aniversário da cidade de São Luís. A reestruturação do
calendário escolar de 2014 só será divulgada semana que vem.
COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO DAS ESCOLAS
Durante a Assembleia, os professores
elegeram os membros que irão integrar a Comissão de
Fiscalização das reformas, construções e manutenções dos prédios escolares.
Foram eleitos os professores Leonel Torres, Moisiléia Bucele, Rosângela
Sampaio, Carlos Alberto Campelo, Antonisio Furtado e Rosilene Costa.
A comissão para reestruturação do
Estatuto do Magistério e do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos será
formada em plenária específica posterior.
DESABAFO
Ao fim da Assembleia, a
presidente do SindEducação, profa. Elisabeth Castelo Branco, fez um
desabafo em tom de "alerta" à sociedade ludovicense:
"Essa não é nossa primeira greve,
e nem será a última. Se nós tivemos a audácia de ocupar a prefeitura, nós vamos
ter audácia de ocupar a SEMED, de ocupar a SEMAD, e fazer o que for necessário
pela defesa da educação pública", declarou.
Vale lembrar que os grevistas ocuparam a sede da Prefeitura de São Luís por cerca de 25 dias, onde permaneceram acorrentados exigindo que o prefeito Edivaldo os recebessem para negociação. Alguns docentes chegaram ao extremo de iniciar uma greve de fome, medida que logo foi abolida.
Com o registro de 125 dias de paralisação das atividades, que deixou sem aulas cerca de 120 mil crianças matriculadas nas escolas públicas de São Luís, e com o agravante da ocupação da Prefeitura, esta foi uma das maiores greves já realizadas na rede municipal de ensino da capital maranhense.
Bando de imbecis, greve política
ResponderExcluir