quarta-feira, 27 de março de 2013

VEREADOR FÁBIO CÂMARA RESPONDE AO DIRETOR DO SOCORRÃO I

Fábio Câmara

Por Hugo Freitas

Em texto divulgado à imprensa, o vereador Fábio Câmara (PMDB) rebateu a Carta assinada pelo diretor do Socorrão I, Yglesio Moyses, que teceu vorazes críticas à atuação parlamentar do vereador na Câmara Municipal de São Luís (confira aqui o teor da Carta de Yglesio), onde Fábio se posiciona como uma das vozes de oposição à gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

Confira, abaixo, o texto assinado por Fábio Câmara:

Senhor Diretor

Vou usar a sua própria redação para formular a minha resposta, até para que eu não seja acusado por você ou por quem quer que seja de estar inventando atos ou fatos.

“Vossa Excelência, desde o primeiro dia de mandato tem direcionado grande parte de sua energia vital com o intuito de polemizar com os meus atos enquanto Diretor do Socorrão I.” – Aqui se revela a forma subliminar de como o diretor Yglésio Moyses se vê. Ele se acha e se entende como o centro do universo e acredita mesmo que tudo gira em redor dele. O meu mandato tem sido aplicado propor, a questionar e a fiscalizar todos os setores da administração pública e não somente aos atos do diretor do Socorrão I.

A subjetividade de um direcionamento de minha ‘energia vital’ é uma baboseira sem tamanho. Tenho atuado propondo e questionando educação, saúde, transparência, comunicação, infra-estrutura, limpeza pública e saneamento, administração e planejamento, segurança, esportes e juventude, previdência, trânsito e transportes. A verdade é que, num universo de incompetências reveladas pela atual gestão à frente da prefeitura de São Luís do Maranhão, o diretor Yglésio é só um grão de pó. Quase inexiste! E sempre que teima em aparecer o faz de forma amadorística, questionável, imprudente e sofrível, tão sofrível quanto a sua capacidade de escrever: “…Vossa Excelência e alguns setores da imprensa que são muitos ligados a sua pessoa…”; “…pacientes que comiam tão somente frango exclusivamente.”

“- Fico-me questionando”… ??? Para alguém que ostenta a titulação de DOUTOR – não por ser médico, mas por ter diploma de doutorado – e escreve mal assim, acaba por permitir muito mais ser questionado em sua capacidade de produzir o mais complexo ante a incapacidade flagrante de produzir o mais elementar.

Mas os erros do doutor diretor vão para além da redação. Problema mesmo se encontra é quando ele tenta escrever uma história sem possuir o devido preparo administrativo para tanto.

Quando eu me refiro ao prefeito de São Luís como E. de H. Júnior e não EDI-H como afirma o doutor, faço essa referência reportando-me ao nome do prefeito como ele é exatamente grafado: Edivaldo de Holanda Braga Júnior. Aliás, o E foi uma criação não minha e sim do marqueteiro do projeto vencedor das eleições majoritárias municipais de 2012. É, É, É 36. É Edivaldo… Assim cantava a musiquinha!

“…a fome não espera burocracia, a fome não espera articulações políticas.” Por essas palavras apelativas, até parece que eu sou o cara mau e o doutor diretor é que é o bom moço. Só que esse aparente bom moço está sendo processado por se negar a atender uma paciente em uma unidade de saúde PRIVADA da capital. Agora, imagine o que esse bom moço não é capaz de fazer na administração PÚBLICA onde ele não é o MÉDICO apenas, mas o DOUTOR DIRETOR? Propositalmente ou por ignorância plena, o doutor diretor passa por alto o fato de que foi decretado, pelo seu prefeito, ESTADO DE EMERGÊNCIA na saúde pública de São Luís.

Se o doutor diretor não sabe, numa situação de decretação de emergência ou de calamidade pública, o poder público sai do estado democrático de direito onde só se pode fazer o que as leis permitem, e passa a vigorar sob o regime do estado de exceção, no qual os gestores públicos se sobrepõem à burocracia, não precisam esperar e ficam, ainda que seja por um tempo determinado, cobertos legalmente para agirem como a situação requer e sanarem as dificuldades mais imediatas verificadas. Se o prefeito E. de H. Júnior, o secretário de educação e o doutor diretor não sabem o que fazer com a medida administrativa que tomaram, aí o problema não é do vereador Fábio Câmara.

Também não é problema do vereador Fábio Câmara o que a gestão do prefeito E. de H. batizou de herança maldita deixada por Castelo e usa como MULETA, Deus sabe lá até quando. Diz o doutor diretor: “Prefeito derrotado João Castelo, o mesmo que deixou a Saúde do Município completamente destruída. Era isso que vocês queriam? A continuidade do caos…” É verdade que o diretor Yglésio só entrou no ônibus ou no trem agora. Também é verdade que ele já quer sentar na janela. Mas só para refrescar as lembranças do diretor e dos holandistas, quem APOIOU, PEDIU VOTO, VOTOU, ELEGEU O PREFEITO JOÃO CASTELO, PARTILHOU DESSA ADMINISTRAÇÃO COM CARGOS E AÇÕES E OUTRAS BENESSES, TEVE O PAI SUPLENTE TORNADO DEPUTADO EFETIVO PELO CASTELO, FOI VEREADOR DANDO SUPORTE PARA A GESTÃO, TORNOU-SE DEPUTADO FEDERAL COM A AJUDA DO PREFEITO JOÃO CASTELO FOI O POLÍTICO E. de H. Júnior. O Castelo que o Fábio Câmara apoiou não ganhou a eleição. Portanto, de quem é, afinal, a maior parcela de culpa sobre o que está aí para ser administrado?

Afirma o doutor diretor: “Vossa Exa. compõe um grupo político que age através de práticas conhecidas: disseminar notícias sem cabimento, desmoralizar os adversários, tentar ” destrui-los”, não fisicamente, mas sim com execração pública.” Perdeu uma grande chance de ficar calado! Eu Sou do PMDB, o partido que governa o Maranhão ao lado do PT do diretor do socorrão I. O meu PMDB e o seu PT, Senhor diretor, estão juntos e misturados NACIONAL, ESTADUAL e MUNICIPALMENTE. Em 2012 vocês indicaram o candidato e nós indicamos o vice. E em 2014, ao que tudo indica, o grupo político ao qual eu pertenço continuará a ser o mesmo grupo político ao qual Vossa Senhoria continuará a fazer parte. A menos de se desfilie e busque em outra sigla dar eco ao seu frustrado sentimento oposicionista.

Eu não tive qualquer participação na sugestão, promoção ou incentivo à realização de ato ligado aos servidores do H.M.D.M. Afirmo, porém, que jamais me negarei de por o meu mandato a serviço de qualquer trabalhador ou trabalhadora que dele precisar.

Por fim, quero firmar aqui o compromisso de enviar ao diretor do H.M.D.M., CD com cópia da sua fala quando da realização da reunião com a presença de 11 vereadores nas dependências da referida unidade de saúde da capital. E que todos os ouvidos ouçam e que cada um conclua por si só o que e como falou o diretor Yglésio Moyses sobre funcionários, médicos e gestores da saúde.

Fábio Câmara
Vereador de São Luís

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