Fábio Câmara
Por Hugo Freitas
Em texto divulgado à imprensa, o
vereador Fábio Câmara (PMDB) rebateu a Carta assinada pelo diretor do Socorrão
I, Yglesio Moyses, que teceu vorazes críticas à atuação parlamentar do vereador
na Câmara Municipal de São Luís (confira aqui o teor da Carta de Yglesio), onde Fábio se posiciona como uma das vozes de
oposição à gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior.
Confira, abaixo, o texto assinado por Fábio Câmara:
Senhor Diretor
Vou usar a sua própria redação para
formular a minha resposta, até para que eu não seja acusado por você ou por
quem quer que seja de estar inventando atos ou fatos.
“Vossa Excelência, desde o primeiro dia
de mandato tem direcionado grande parte de sua energia vital com o intuito de
polemizar com os meus atos enquanto Diretor do Socorrão I.” – Aqui se revela a
forma subliminar de como o diretor Yglésio Moyses se vê. Ele se acha e se
entende como o centro do universo e acredita mesmo que tudo gira em redor dele.
O meu mandato tem sido aplicado propor, a questionar e a fiscalizar todos os
setores da administração pública e não somente aos atos do diretor do Socorrão
I.
A subjetividade de um direcionamento de minha ‘energia vital’ é uma
baboseira sem tamanho. Tenho atuado propondo e questionando educação, saúde,
transparência, comunicação, infra-estrutura, limpeza pública e saneamento,
administração e planejamento, segurança, esportes e juventude, previdência,
trânsito e transportes. A verdade é que, num universo de incompetências
reveladas pela atual gestão à frente da prefeitura de São Luís do Maranhão, o
diretor Yglésio é só um grão de pó. Quase inexiste! E sempre que teima em
aparecer o faz de forma amadorística, questionável, imprudente e sofrível, tão
sofrível quanto a sua capacidade de escrever: “…Vossa Excelência e alguns
setores da imprensa que são muitos ligados a sua pessoa…”; “…pacientes que
comiam tão somente frango exclusivamente.”
“- Fico-me questionando”… ??? Para
alguém que ostenta a titulação de DOUTOR – não por ser médico, mas por ter
diploma de doutorado – e escreve mal assim, acaba por permitir muito mais ser
questionado em sua capacidade de produzir o mais complexo ante a incapacidade
flagrante de produzir o mais elementar.
Mas os erros do doutor diretor vão para
além da redação. Problema mesmo se encontra é quando ele tenta escrever uma
história sem possuir o devido preparo administrativo para tanto.
Quando eu me refiro ao prefeito de São
Luís como E. de H. Júnior e não EDI-H como afirma o doutor, faço essa
referência reportando-me ao nome do prefeito como ele é exatamente grafado:
Edivaldo de Holanda Braga Júnior. Aliás, o E foi uma criação não minha e sim do
marqueteiro do projeto vencedor das eleições majoritárias municipais de 2012.
É, É, É 36. É Edivaldo… Assim cantava a musiquinha!
“…a fome não espera burocracia, a fome
não espera articulações políticas.” Por essas palavras apelativas, até parece
que eu sou o cara mau e o doutor diretor é que é o bom moço. Só que esse
aparente bom moço está sendo processado por se negar a atender uma paciente em
uma unidade de saúde PRIVADA da capital. Agora, imagine o que esse bom moço não
é capaz de fazer na administração PÚBLICA onde ele não é o MÉDICO apenas, mas o
DOUTOR DIRETOR? Propositalmente ou por ignorância plena, o doutor diretor passa
por alto o fato de que foi decretado, pelo seu prefeito, ESTADO DE EMERGÊNCIA
na saúde pública de São Luís.
Se o doutor diretor não sabe, numa situação de
decretação de emergência ou de calamidade pública, o poder público sai do
estado democrático de direito onde só se pode fazer o que as leis permitem, e
passa a vigorar sob o regime do estado de exceção, no qual os gestores públicos
se sobrepõem à burocracia, não precisam esperar e ficam, ainda que seja por um
tempo determinado, cobertos legalmente para agirem como a situação requer e
sanarem as dificuldades mais imediatas verificadas. Se o prefeito E. de H.
Júnior, o secretário de educação e o doutor diretor não sabem o que fazer com a
medida administrativa que tomaram, aí o problema não é do vereador Fábio
Câmara.
Também não é problema do vereador Fábio
Câmara o que a gestão do prefeito E. de H. batizou de herança maldita deixada
por Castelo e usa como MULETA, Deus sabe lá até quando. Diz o doutor diretor:
“Prefeito derrotado João Castelo, o mesmo que deixou a Saúde do Município
completamente destruída. Era isso que vocês queriam? A continuidade do caos…” É
verdade que o diretor Yglésio só entrou no ônibus ou no trem agora. Também é
verdade que ele já quer sentar na janela. Mas só para refrescar as lembranças
do diretor e dos holandistas, quem APOIOU, PEDIU VOTO, VOTOU, ELEGEU O PREFEITO
JOÃO CASTELO, PARTILHOU DESSA ADMINISTRAÇÃO COM CARGOS E AÇÕES E OUTRAS
BENESSES, TEVE O PAI SUPLENTE TORNADO DEPUTADO EFETIVO PELO CASTELO, FOI
VEREADOR DANDO SUPORTE PARA A GESTÃO, TORNOU-SE DEPUTADO FEDERAL COM A AJUDA DO
PREFEITO JOÃO CASTELO FOI O POLÍTICO E. de H. Júnior. O Castelo que o Fábio
Câmara apoiou não ganhou a eleição. Portanto, de quem é, afinal, a maior parcela
de culpa sobre o que está aí para ser administrado?
Afirma o doutor diretor: “Vossa Exa.
compõe um grupo político que age através de práticas conhecidas: disseminar
notícias sem cabimento, desmoralizar os adversários, tentar ” destrui-los”, não
fisicamente, mas sim com execração pública.” Perdeu uma grande chance de ficar
calado! Eu Sou do PMDB, o partido que governa o Maranhão ao lado do PT do
diretor do socorrão I. O meu PMDB e o seu PT, Senhor diretor, estão juntos e
misturados NACIONAL, ESTADUAL e MUNICIPALMENTE. Em 2012 vocês indicaram o
candidato e nós indicamos o vice. E em 2014, ao que tudo indica, o grupo
político ao qual eu pertenço continuará a ser o mesmo grupo político ao qual
Vossa Senhoria continuará a fazer parte. A menos de se desfilie e busque em
outra sigla dar eco ao seu frustrado sentimento oposicionista.
Eu não tive qualquer participação na
sugestão, promoção ou incentivo à realização de ato ligado aos servidores do
H.M.D.M. Afirmo, porém, que jamais me negarei de por o meu mandato a serviço de
qualquer trabalhador ou trabalhadora que dele precisar.
Por fim, quero firmar aqui o
compromisso de enviar ao diretor do H.M.D.M., CD com cópia da sua fala quando
da realização da reunião com a presença de 11 vereadores nas dependências da
referida unidade de saúde da capital. E que todos os ouvidos ouçam e que cada
um conclua por si só o que e como falou o diretor Yglésio Moyses sobre
funcionários, médicos e gestores da saúde.
Fábio Câmara
Vereador de São Luís
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