O 24º Batalhão dos Caçadores está no comando da segurança pública do estado, com a coordenação de ações intituladas de "Operação Maranhão".
A determinação foi decretada pelo Ministério da Defesa e anunciada oficialmente nesta sexta-feira (25) pelo secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes.
A "Operação Maranhão" consiste em uma ação conjunta com os órgãos de Segurança Pública federais, estaduais e municipais, visando "garantir a ordem e a tranquilidade aos maranhenses", alegou Aluísio Mendes.
Ao todo, o Maranhão recebeu um reforço de 550 homens do Exército brasileiro, sendo que 350 homens são do 24º Batalhão de Caçadores (24º BC), sediado no Maranhão; e outros 200 homens são do Piauí.
Greve continua
Os policiais militares e bombeiros estão acampados na sede da Assembleia Legislativa em greve desde quinta-feira (24), com o objetivo de pressionar o Governo para negociar a pauta de reivindicações das duas categorias.
Em menos de 24h, a greve foi decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça que imputou multa de R$ 200 reais para cada manifestante por dia de paralisação. No entanto, os grevistas não arredam o pé da "Casa do Povo" enquanto o governo não sinalizar abertura para o diálogo.
Principais reivindicações dos grevistas
- Reposição das perdas salariais de 2009 a 2001;
- 30% a mais no salário, por conta da inflação acumulada em cada ano, previsto no PPA (Plano Plurianual);
- Definição da jornada de trabalho em 44 horas semanais com adicional noturno e pagamento de hora extra;
- Anistia de todos que participaram do movimento grevista;
- Criação de uma comissão permanente de negociação, com participação de todas as entidades militares.
Clima de intranquilidade
Mesmo com a presença da Força Nacional - que já está atuando em São Luís, Imperatriz e em algumas cidades do Estado desde quinta-feira (24) -, do Exército, da Guarda Municipal, do Grupo Tático Aéreo (GTA), da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Aérea Brasileira (FAB), a intranquilidade assola a população maranhense.
Inúmeros são os relatos de "arrastões" nas ruas de São Luís. No centro da capital, já houve relatos de lojas saqueadas e arrastões de bandidos que amedrontam os populares e comerciantes. Sobre os arredores das faculdades particulares, os relatos de assaltos e tumultos pululam nas redes sociais.
Por volta das 12h desta sexta-feira (25), as lojas da avenida principal da Cidade Operária fecharam suas portas, após o boato de mais um arrastão. As informações dão conta de que teria um grupo de pessoas assaltando lojas e comércios do bairro.
Novas paralisações à vista
Nos ônibus, o medo de assaltos é tamanho que o sindicato dos rodoviários ameaça nova paralisação, visando garantir a integridade física de motoristas, cobradores e usuários do transporte coletivo.
Existe ainda a possibilidade de paralisação de outras categorias como professores, policiais civis e agentes penitenciários já para a próxima segunda-feira (28). Lembrando que os delegados da Polícia Civil estão em greve desde o início da semana.
Caso se concretizem estas novas paralisações e a greve dos militares em curso não se finde até a próxima segunda-feira, serão policiais (civis e militares), delegados, bombeiros, agentes penitenciários, professores, rodoviários, todos de braços cruzados exigindo melhorias salariais e condições dignas de trabalho.
Secretaria de Segurança desmente "arrastões"
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Maranhão divulgou nota na tarde desta sexta-feira (25) desmentindo a ocorrência dos possíveis "arrastões".
Confira a nota da Secretaria:
SSP - NOTA DE UTILIDADE PÚBLICA
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informa à população que nenhuma ocorrência de “arrastão” ou ação do gênero foi registrada em São Luís até o fim da tarde desta sexta-feira (25). Esclarece ainda que boatos estão sendo disseminados por pessoas que estão se aproveitando da situação para criar um clima de insegurança visando aterrorizar trabalhadores e pessoas de bem.
Pede ao cidadão que, ao saber de tal ocorrência, procure apoio de um militar para se informar sobre a real situação do local. Também apela à população para não passar “trotes” ao Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), pois estes geram deslocamentos desnecessários de equipes de patrulhamento, fazendo com que chamados reais não sejam atendidos.
A SSP reafirma que o governo tem realizado todos os esforços para garantir que a população maranhense não seja penalizada pela paralisação de policiais e bombeiros militares. Efetivos da Força Nacional, do Exército Brasileiro, da Aeronáutica, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, além de policiais civis e militares que não aderiram à greve estão trabalhando nas ações para garantir a segurança em todo o Maranhão.
Informa ainda que o cidadão pode comunicar qualquer ocorrência pelo telefone 190, do Ciops, que está funcionando normalmente à disposição da população.
Além disso, podem contar com o serviço do Disque Denúncia (3223 5800, na capital; e 0300 313-5800, no interior) e da Delegacia Online no site www.delegaciaonline.ma.gov.br para registros de ocorrências como furtos ou extravio de documentos, roubos de celulares e ainda localizar foragidos da justiça.
Hugo Freitas
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